Nos EUA, trabalhador diz que deixou de ser admitido por não ser cristão

Paulo Lopes



Edward Wolfe ficou feliz ao saber que as suas qualificações profissionais se encaixavam “perfeitamente” na vaga de emprego da Voss Lighting, loja de uma rede de produtos de iluminação. Ele só teria de ser entrevistado por Randy Tidwell, o gerente, para começar a trabalhar no dia seguinte.

Tudo ia bem na entrevista, até que Wolfe foi surpreendido pelo gerente que procurava saber quais eram as igrejas que ele tinha frequentado nos últimos anos, se havia entregado sua alma a Jesus e se poderia chegar mais cedo à loja para, antes do expediente, participar de um grupo de estudo da Bíblia.

Wolfe disse que o processo de sua admissão for abortado porque, para a loja, ele não é suficientemente cristão.

A Comissão de Oportunidade Iguais de Emprego, uma agência federal que investiga discriminação contra trabalhadores, abriu uma ação judicial contra a Voss, que "violou a Lei dos Direitos Civis de 1964", conforme comunicado que publicou na internet.

Um executivo da rede negou que Wolfe tenha deixado de ser contratado por motivo de convicção religiosa. Afirmou que a vaga foi preenchida por outro candidato mais qualificado, com experiência no ramo de iluminação.

O site da rede, na página "Missão Empresarial", entre citações da Bíblia, diz: “Nossa missão bíblica é “vender” nossos produtos de iluminação para que possamos dizer a Deus que podemos salvar almas e transformar a vida das pessoas com a mensagem do evangelho, como Jesus instruiu os crentes a fazerem”.


Com informação do Huffington Post e site da Voss Lighting.

Lojas de Porto Velho só contratam evangélicos e cobram dízimo.
abril de 2011

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