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Mostrando postagens de março, 2014

SEM QUADRILHA E SEM FORO ESPECIAL, MENSALÃO DESABA

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Brasil 247 Se a lógica mais elementar se aplica às decisões do Supremo Tribunal Federal, os alicerces que sustentaram a Ação Penal 470 desmoronaram de vez na semana passada, quando o caso do tucano Eduardo Azeredo, ex-governador de Minas Gerais, foi remetido à primeira instância. Como se sabe, Azeredo renunciou ao mandato, perdendo, assim, o foro privilegiado. Será julgado em primeira instância e terá direito a todos os recursos até que seu caso chegue ao STF, configurando o chamado trânsito em julgado. Como a Constituição estabelece que todos são iguais perante a lei, uma questão central emerge: por que os réus da Ação Penal 470 não foram julgados em primeira instância, podendo também recorrer de eventuais condenações? E não estamos aqui falando de personagens da vida pública, como José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares, que, aliás, também não tinham foro privilegiado. Mas de personagens secundários, com vidas distantes da política, como o bancário Vinicius Samarane

Os “filhos da esperança” foram adotados pela família do atraso

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Fernando Brito O “casal benzinho” Eduardo Campos-Marina Silva exibiu-se na televisão . Um programa até bonitinho, mas absolutamente ordinário em matéria de comunicação. Francamente, uma fórmula “cult” – cor desbotada, quase preto e branco, imagens abertas do estúdio, closes intimistas – é muito pouco adequada para um personagem como Eduardo Campos cuja obra administrativa é praticamente desconhecida do país. Parece ter sido feito, exclusivamente, para dar a ele o aval de Marina, simulando uma longa amizade e intimidade que jamais houve, até o tombo da Rede que a deixou sem legenda para concorrer. Duvido que tenha tido qualquer consequência como propaganda eleitoral, mas é curioso que ambos, que devem tudo o que são a Lula, se definam como filhos da esperança. São, e é exatamente isso que os torna tão frágeis. Mais até a Campos que a Marina. Porque o filho da esperança fugiu de casa por ambição. E foi oferecer-se à adoção pela família do atraso, do conservador

Se pensar pequeno, o governo escorrega na goela conservadora

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Para quem acha que capitalismo é apenas um sistema econômico, não uma relação de poder, o Brasil desta 5ª feira incentiva a revisão de conceitos. Saul Leblon  (*) Nota atualizada em 27/03/2014 às 22 hs. A marcha dos acontecimentos nas últimas 48 horas: - o Supremo aposentou o domínio do fato e ressuscitou o império da lei para julgar o mensalão tucano; - os que tentaram fatiar e vender a Petrobrás em 1997, agora reivindicam uma CPI para defendê-la;  - a Standar & Poor’s rebaixa a nota do país em desacordo com a política fiscal enquanto o capital estrangeiro não para de comprar títulos do Brasil ; - o Ibope anuncia que a aprovação ao governo despenca , no mesmo dia em que o IBGE divulga o menor nível de desemprego no desde 2002 e a maior renda real dos trabalhadores em 12 anos. Como entender a feijoada de paradoxos? Olhando o calendário Estamos a sete meses das eleições presidenciais de 2014; as pesquisas mostram Dilma na lide

O jogo pesado: tirar a Petrobras de campo

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O caso Pasadena pode ser tudo menos aquilo que alardeia a sofreguidão conservadora. O alvo é: espetar na Petrobras a prova da presença do Estado na economia. Saul Leblon   O caso Pasadena pode ser tudo menos aquilo que alardeia a sofreguidão conservadora. Pode ser o resultado de um ardil inserido em um parecer técnico capcioso. Pode ser fruto de um revés de mercado impossível de ser previsto, decorrente da transição desfavorável da economia mundial; pode ser ainda –tudo indica que seja-- a evidência ostensiva da necessidade de se repensar um critério mais democrático para o preenchimento de cargos nas diferentes instancias do aparelho de Estado. Pode ser um mosaico de todas essas coisas juntas. Mas não corrobora justamente aquela que é a mensagem implícita na fuzilaria conservadora nos dias que correm. Qual seja, a natureza prejudicial da presença do Estado na luta pelo desenvolvimento do país. Transformar a história de sucesso da Petrobrás em u

INDIFERENTE AO MASSACRE, PETROBRAS DISPARA NA BOLSA

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Brasil 247 Efeito Ibope era falso; papéis da Petrobras continuam subindo mesmo depois de pesquisa apontar vitória da presidente Dilma Rousseff em primeiro turno; pregão de hoje fechou com alta de quase 3%; ganhos na semana passada foram de mais de 11%; no mercado de opções, onde investidores compram o papel por um preço futuro, altas já são de até 314%; compradores identificaram piso de queda e acreditam que só têm a ganhar no curto, médio e longo prazos; gestão da presidente Graça Foster procura olhar para frente e superar efeitos do caso Pasadena; especulação negativa chegou ao fim? Depois de experimentar uma série de altas em suas ações em razão de uma especulação negativa, nesta segunda-feira 24 a Petrobras registrou nova disparada no índice da bolsa de valores de São Paulo. Mas agora o motivo é positivo. Provou-se falso atribuir as altas registradas na semana passada, que somaram mais de 11% entre a segunda-feira 17 e a sexta-feira 21, ao chamado efeito Ibope. A estat

A novidade da última pesquisa do Ibope é um velho pastor, Everaldo Pereira

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Kiko Nogueira A última pesquisa Ibope traz uma novidade e não é nenhuma das que você está pensando. Com 3% das intenções de voto, aparece o Pastor Everaldo Pereira em quarto lugar. Levando em conta a margem de erro, isso significa que ele está tecnicamente empatado com Eduardo Campos (5%). Como não é um rosto muito conhecido, presume-se que os entrevistados evangélicos embarcaram no nome de guerra (“pastor”). Mas Everaldo não é nenhum novato na área, como era seu colega Marco Feliciano, também do PSC. Carioca, membro da Assembleia de Deus em Madureira, 57 anos, ele foi cabo eleitoral de Brizola em 1982 e fez campanha para Lula em 1989. Apadrinhado por Benedita da Silva, foi, mais tarde, subsecretário de Anthony Garotinho, quando esteve envolvido em um dos escândalos do governo, o do “Cheque-Cidadão”. Everaldo era responsável pelo programa, em que 25 mil cheques nominais eram distribuídos a famílias carentes, que podiam trocá-los por alimentos de uma cesta básica em superm

“SEXO É ESTRATÉGIA POLÍTICA”

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Autora da Garota Siririca e das zines A Ética do Tesão na Pós-Modernidade quer que suas leitoras conquistem liberdade sexual para não serem mais dominadas Isadora Otoni na Revista Forum Twitter 27Facebook 2.5K2.5KFLARES Gabriela Masson, ou Lovelove6, como é conhecida na internet, não queria ser fotografada. Ela achava que seus olhos estavam inchados porque havia terminado a noite anterior em lágrimas, após uma discussão sobre feminismo. Suas publicações, aliás, abordam temáticas feministas. Lovelove6 quer quebrar tabus entre suas leitoras, mas, apesar de dominar a sexualidade feminina em seus desenhos, falar sobre sexo ainda não é tão fácil. Em alguns momentos, Masson deu risadas nervosas e precisou de pausas para falar o que pretendia. A autora da história em quadrinhos  Garota Siririca , das zines A Ética do Tesão na Pós-Modernidade  I  e  II  e de tirinhas do  Batata Frita Murcha  estava em São Paulo para a segunda edição da Feira Plana, que aconteceu no Museu da Imagem e do So

A FABRICA DE "SUPOSTAS IRREGULARIDADES NOTICIADAS"

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Paulo Moreira Leite Servidores da Papuda acusam Ministério Público de promover insegurança no presídio e pedem afastamento de seis procuradoras A reportagem da VEJA sobre a vida de José Dirceu na Papuda, sem apresentar um fato concreto, sem conferir um boato junto a quem poderia confirmar ou desmentir o que se pretendia publicar, é aquilo que todos nós sabemos. Não é séria nem respeitável. Não passa de um esforço redundante para acrescentar uma nova camada de boatos (no juridiquês da Papuda eles se chamam “supostas irregularidades noticiadas”) para prejudicar os réus da AP 470, esforço redobrado depois que eles conseguiram vitórias importantes, como o reconhecimento do erro no crime de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Quem está sendo chamado a dar explicações e prestar esclarecimentos, na verdade, é o Ministério Público do Distrito Federal. Num documento assinado pela Associação de Servidores do Sistema Penitenciário do Distrito Federal, seis inte