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Mostrando postagens de novembro, 2011

Permitido para menores. Eis o que quer a Globo

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Brasil 247 Foto: Reprodução Sob o argumento da liberdade de expressão, Rede Globo tenta derrubar classificação indicativa no Supremo; quatro ministros já votaram a favor; para procurador-geral da República, interesses são legítimos, mas puramente comerciais Evam Sena _247 , em Brasília – A TV Globo pode obter vitória em uma velha luta contra o Ministério da Justiça e sua política de classificação indicativa para a programação de TV. O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar nesta quarta-feira uma ação que questiona a limitação do horário em que podem ser exibidas novelas, séries e filmes, de acordo com sua classificação. A ação já havia recebido quatro votos a favor quando o julgamento foi interrompido por pedido de vistas do ministro Joaquim Barbosa. A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) foi movida pelo PDT em 2001 e, em maio deste ano, a Aber

A confissão sem mea culpa de Boni

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Nassif Por Eva No programa Dossiê da Globo News, o diretor da toda poderosa Globo, Boni confessa que manipulou o último debate entre Lula e Collor. Debate realizado nos estúdio da Globo e com a edição no Jornal Nacional tornou-se o maior golpe contra a democracia e a livre escolha dos brasileiros nos tempos pós ditadura militar. SORRIA VOCÊ FOI MANIPULADO.

Paródias ao vídeo-protesto de globais pipocam na internet

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Não têm a mesma dicção, nem o mesmo apelo dos artistas de novela que, em vídeo dirigido pelo ator Sérgio Marone, lançaram na internet um manifesto eletrônico contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Estudante da Unicamp grava vídeo-resposta ao apelo dos globais contra Belo Monte. A reação ao vídeo, que incitava os internautas a assinar um abaixo-assinado pedindo a paralisação do empreendimento, levou um grupo de estudantes de Engenharia Civil da Unicamp a postar uma mensagem, nas redes sociais, com os mesmos moldes do manifesto dos artistas globais – denominado Movimento Gota D’Água. O deles: Movimento Tempestade em Copo D’Àgua. Postado em 26 de novembro, o vídeo  havia sido acessado por mais de 100 mil pessoas até o meio da tarde da terça-feira 29. Na mensagem, os estudantes contestam os argumentos usados pelos globais, que criticam os impactos ambientais que serão provocados pelo empreendimento e seus custos, avaliados em 19 bilhões de rea

Estudante da USP diz que policial perguntou: “Você conhece o porco?”

Estudante da USP: “A única visão que eu tinha era das botas” Uma estudante da USP denuncia, em depoimento, que foi agredida e ameaçada por PMs na ação de reintegração de posse da reitoria. Ela tentou registrar as agressões na polícia, mas não conseguiu. “Um deles pegou na minha nuca, bateu minha cabeça no chão várias vezes, na parte do couro cabeludo, para não deixar hematoma. Nisso passou um repórter da Globo, o primeiro a chegar no local. Quando eu o vi achei que era minha salvação: comecei a gritar e falar o que estava acontecendo. O repórter olhou com o maior desprezo e passou direto”. por Raphael Ken Ichi Sassaki, na Carta Maior, sugerido pelo Christian Schulz Nadya Krupskaya (nome fictício), 25, é professora de filosofia na rede estadual e estudante da USP. Ela foi uma das detidas após a reintegração de posse da reitoria da universidade. Na operação, conduzida no dia 8 de novembro, participaram cerca de 400 policiais, com carros, cavalos e helicópteros. Para desa

Abaixo-assinado, por não considerar Merval, Imortal

Nassif Por Marlova Neumann Re: Mais críticas a escolha de Merval Pereira pela ABL Os abaixo-assinados solicitam à Academia Brasileira de Letras a anulação da eleição realizada em 2 de junho de 2011, que resultou na escolha do jornalista Merval Pereira para suceder ao imortal Moacyr Scliar, último ocupante da cadeira de número 31. O pedido baseia-se no  flagrante desrespeito ao segundo artigo do estatuto da própria Academia . "Art. 2º - Só podem ser membros efetivos da Academia os brasileiros que tenham, em qualquer dos gêneros de literatura, publicado obras de reconhecido mérito ou, fora desses gêneros, livro de valor literário." http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=5 Segundo a própria ABL informa em texto do seu site, o jornalista Merval Pereira publicou somente dois livros  em sua longa carreira. O primeiro deles: "Em 1979 recebeu o Prêmio Esso pela série de reportagens 'A segunda guerra, sucessão de Geisel', pu

Faustino preso; Serra mudo. E a mídia?

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Por Altamiro Borges Na quinta-feira passada, a operação “Sinal Fechado” do Ministério Público Federal resultou no pedido de prisão de 14 pessoas no Rio Grande do Norte. Elas são acusadas de fraudes bilionárias na inspeção veicular – o mesmo esquema que bloqueou os bens do prefeito Gilberto Kassab. A mídia até tem tratado do escândalo na capital paulista, mas evita destacar as prisões em Natal. Por que será? Um dos envolvidos no escândalo potiguar, já preso e acusado de ser o chefão da quadrilha, é o tucano ricaço João Faustino, suplente do senador Agripino Maia, presidente nacional do DEM. Mais grave ainda: Faustino foi um dos homens-fortes da campanha de José Serra em 2010. Enquanto o esquecido Paulo Preto chefiava a arrecadação de recursos financeiros em São Paulo, ele fazia a coleta nacional. Relação antiga e sólida As relações entre Faustino e Serra são antigas. Ele foi o seu subchefe da Casa Civil em São Paulo, subordinado ao ex-secretário Aloysio Nunes Ferre

Faustino e Serra: amigos há 50 anos

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Por Altamiro Borges José Serra, o presidenciável rejeitado duas vezes pelas urnas, adora se meter em tudo. Não perde uma oportunidade para fazer um discursinho ou para dar declarações à imprensa aliada. Notívago, ele passa as noites escrevendo em seu twitter e blog. Tem também colunas nos jornalões. Até os tucanos se incomodam com as constantes bravatas do ex-governador paulista. Nos últimos tempos, o seu discurso preferido – quase monocórdio – é sobre o tema corrupção. Sem idéias ou propostas originais para o Brasil, ele tenta se travestir de “paladino da ética” e lembra os velhos udenistas, que posavam de moralistas e eram mais sujos do que pau de galinheiro. O tucano parece que gostaria de entrar para a história com a fantasia do golpista Carlos Lacerda. Abatido com a prisão do amigo? Desde quinta-feira passada, porém, o falante José Serra está quieto, num preocupante silêncio. Será que está doente? Será que ele está abatido com a prisão do seu grande ami

Ex-Globo, Boni confessa o que todos já sabiam

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Brasil 247 Foto: MAURO PIMENTEL/AGÊNCIA ESTADO Ex-todo poderoso admite segredo de polichinelo em um dos maiores eventos literários do ano: o lançamento de seu livro, "O Livro do Boni". Em entrevista à Globo News, José Bonifácio Sobrinho detalha manipulação da emissora no debate de 1989, entre Collor e Lula. Nesta noite, ele estará no Programa do Jô 247 - Todos já sabiam sobre a manipulação de imagens por parte do jornalismo da Rede Globo, no Jornal Nacional, um dia depois do debate do dia 14 de dezembro de 1989 entre os candidatos à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Collor de Mello. Agora, no entanto, 22 anos após o ocorrido, o homem que formatou o “Padrão Globo de Qualidade” simula uma "revelação bombástica" para lançar sua nova obra, "O Livro do Boni": a Globo manipulou o debate. Em entrevista ao jo

A manjada psicologia de negação da conspiração

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Eduardo guimarães Se ganhasse 1 real para cada vez que alguém chama de “teoria conspiratória” alguma análise que faço dizendo que as reiteradas matérias da mídia contra o ministério de Dilma e as tais “marchas contra corrupção” integram plano da direita de se preparar para montar o cavalo do golpe caso ele passe selado, ficaria rico. Também enriqueceria se ganhasse até mesmo 50 centavos por cada vez que chamam de “teoria conspiratória” quando digo que se Dilma perde tantos ministros “por corrupção”, cedo ou tarde a direita se assanhará e passará a dizer – amparada pelos fatos, ainda que distorcidos – que a culpa seria de quem os nomeou. A esta altura, porém, provavelmente todo mundo já sabe que o líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO), afirmou, nesta sexta-feira (25), que a chamada “faxina” do governo precisa atingir até a presidente Dilma Rousseff, pois, segundo ele, haveria um “conluio” para “roubar o Brasil”. Isso ocorreu ao fim de uma semana em que blogu

Relações perigosas entre mídia e polícia

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Por Luiz Carlos Azenha Luciano Huck na Rocinha. Nas últimas semanas muito se falou sobre a relação entre mídia e polícia. Ora por conta da invasão da reitoria da Universidade de São Paulo pela tropa de choque da Polícia Militar, ora por conta da invasão da Rocinha pelo BOPE e pela PM do Rio de Janeiro. Houve várias acusações de que a imprensa distorceu ou não fez um relato completo do que se passou. Com o objetivo de jogar luz nos bastidores da relação entre mídia e polícia, fiz uma entrevista por escrito com um profissional tarimbado. Por motivos óbvios, ele não pode se identificar. Como foi por escrito, não fiz perguntas a partir das respostas dele. De qualquer forma, serve como um relato parcial sobre o que você vê, lê e ouve na mídia corporativa: Como é nos bastidores a relação entre a polícia e jornalistas, especificamente em São Paulo? A relação é determinada pela proximidade que o jornalista tem com a Polícia. Para explicar esta proximidade é necessário class

Do Carandiru ao comando da Rota

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Carta Capital Currículo: tenente-coronel, 48 anos, 30 de casa, duas passagens pelo mesmo batalhão, 73 mortos a tiracolo numa só ação, a rebelião de 1992 no Complexo do Carandiru. Com a ficha de serviços prestados ao Estado, Salvador Modesto Madia foi apresentado na terça-feira 22 como o novo comandante do 1º Batalhão de Polícia de Choque – a Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), espécie de Tropa de Elite da Polícia Militar de São Paulo e que conta com 820 PMs. O novo comandante da Rota, tenente-coronel Salvador Modesto Madia. Será sua terceira passagem pelo batalhão, a primeira como comandante. Na última, entre 1991 a 1993, destacou-se como tenente da operação que deixou, ao todo, 111 presos mortos no pavilhão 9 da Casa de Detenção do Carandiru. Ele estava no grupo que subiu ao segundo andar do pavilhão e atirou, para matar, em 78 dos 111 detidos. Até hoje Madia não foi julgado. Em sua volta à Rota, agora como comandante nomeado pelo governador

Mídia: Dois pesos e apenas uma medida

Valério Cruz Brittos e Eduardo Silveira de Menezes, no Observatório do Direito à Comunicação O artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada em 10 de dezembro de 1948 pela Assembleia-Geral das Nações Unidas, estabelece que “todo homem tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios, independentemente de fronteiras”. Atualmente, este direito, reconhecido por meio do exercício à livre manifestação de pensamento, não pode ser exercido sem o acesso à mídia, já que as ideias, reivindicações, identidades e posicionamentos de qualquer grupamento social só podem efetivamente produzir efeito público sendo midiatizadas. No entanto, este direito, que é do cidadão e da sociedade, foi ressignificado pelos grandes grupos de comunicação – os mesmos que apoiaram abertamente a implantação do regime militar no Brasil e ag

Nosso racismo é um crime perfeito

Por Camila Souza Ramos e Glauco Faria, Revista Fórum O antropólogo Kabengele Munanga fala sobre o mito da democracia racial brasileira, a polêmica com Demétrio Magnoli e o papel da mídia e da educação no combate ao preconceito no país Fórum – O senhor veio do antigo Zaire que, apesar de ter alguns pontos de contato com a cultura brasileira e a cultura do Congo, é um país bem diferente. O senhor sentiu, quando veio pra cá, a questão racial? Como foi essa mudança para o senhor? Kabengele – Essas coisas não são tão abertas como a gente pensa. Cheguei aqui em 1975, diretamente para a USP, para fazer doutorado. Não se depara com o preconceito à primeira vista, logo que sai do aeroporto. Essas coisas vêm pouco a pouco, quando se começa a descobrir que você entra em alguns lugares e percebe que é único, que te olham e já sabem que não é daqui, que não é como “nossos negros”, é diferente. Poderia dizer que esse estranhamento é por ser estrangeiro, mas essa comparação na ver