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Mostrando postagens de junho, 2013

VEJA CRIA, À SUA IMAGEM, UM NOVO LÍDER DAS MASSAS

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BRASIL 247 Você provavelmente nunca ouviu falar de Maycon Freitas, mas ele é, segundo a revista Veja, "a voz que emergiu das ruas"; entrevistado das páginas amarelas, ele reproduz o modo de pensar da própria publicação; é da turma dos "sem partido", tem aversão ao PT e à presidente Dilma Rousseff e poderia eventualmente votar em Joaquim Barbosa 247 -  As passeatas que reuniram milhões de pessoas nos últimos dias em várias cidades brasileiras têm um novo líder. E ele se chama Maycon Freitas. Peraí, Maycon o quê? Isso mesmo, Maycon Freitas, que criou nas redes sociais o movimento UCC, União contra a Corrupção. Você provavelmente nunca ouviu falar do personagem, assim como os jovens que foram às manifestações, mas ele é, para a revista Veja, "a voz que emergiu das ruas". Qual o motivo? Provavelmente, porque é um "líder popular" à imagem e semelhança da própria publicação. Entrevistado das páginas amarelas, ele reproduz pensament

A esquerda não pode piscar

Saul Leblon  O Brasil ingressa num ciclo de turbulência do qual a democracia participativa poderá emergir como parteira de uma sociedade mais equilibrada e justa.   Mas a esquerda não pode piscar.  A disputa fratricida, hoje, é o coveiro das esperanças nacionais. Nos anos 50, um pedaço das forças progressistas só foi perceber o seu lado no jogo quando o povo já incendiava os carros do jornal 'O Globo', em resposta ao tiro com o qual Getúlio encerrou a sua resistência e convocou a das massas. Ontem, como agora, o enclausuramento ideológico, o acanhamento organizativo e a dispersão programática pavimentam o caminho da ameaça regressiva. É a hora da verdade de toda uma geração. Cabe-lhe sustentar um novo desenho progressista para o desenvolvimento do país. Um notável volume de investimentos é requerido para adequar a logística social e a infraestrutura às dimensões de uma nação que incorporou milhões de pobres ao mercado de consumo nos últimos anos. Agora lhes deve a cidada

Plebiscito pode economizar bilhões

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Em minha humilde ignorância, confesso que não entendo quem diz que o plebiscito sobre reforma política pode custar caro demais. Meio bilhão, disse alguém. Paulo Moreira Leite Até ministros do STF tocaram neste assunto.  Data Venia, eu acho estranho.   Falar em meio bilhão ou até mais é falar de uma pechincha.   Nós sabemos que o Brasil tem um dos sistemas eleitorais mais caros do mundo. Isso porque é um sistema privado, em que empresas particulares disputam o direito de alugar os poderes públicos para defender seus interesses em troca de apoio para seus votos. As estimativas de gastos totais – é disso que estamos falando -- com campanhas eleitorais superam, com facilidade, meio bilhão de reais. São gastos que ocorrem de quatro em quatro anos, aos quais deve-se acrescentar uma soma imponderável, o caixa 2. Sem ser malévolo demais, não custa recordar que cada centavo investido em campanha é recuperado, com juros, ao longo do governo. Quem paga, mais uma vez,

Você vai ficar parado assistindo o golpe prosperar?

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Eduardo Guimarães Ao fim da noite de quinta-feira, recebo uma ligação surpreendente tanto pelo autor quanto pelo que disse. E quem disse – e o que disse – importa menos do que aquilo que a chamada me fez concluir: não dá mais para ficar só analisando e comentando o quadro político. Quem luta há uma década para ajudar a sustentar um projeto político-administrativo que melhorou tanto o Brasil não tem o direito de ficar só reclamando do golpe que busca interrompê-lo. Este Blog se converteu em uma trincheira dos que discordam de uma Onda que engolfou o país e que tem produzido muito mais calor do que luz, se não apenas calor. E o signatário desta página, assim como outros poucos, aceitou, de bom grado, pagar o preço que as catarses impõem a quem se recusa a integrá-las. Tudo em prol do país. Seria muito fácil todos os que divergimos cedermos, integrarmo-nos à Onda que pretende “mudar o Brasil” marchando pelas ruas “pacificamente” no começo e selvagemente ao fim sob o argumento

O GLOBO sempre esteve contra o povo. Porque estaria ao seu lado agora?

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Globo foi contra a criação do 13º salário Há 50 anos, o presidente João Goulart, no dia 13 de julho de 1962, assinava a Lei 4.090, que criava a gratificação natalina, que ficou conhecida como o 13º salário, uma conquista histórica da classe trabalhadora. A Lei só foi criada graças à mobilização do movimento sindical da época. No dia 5 de julho de 1962, milhares de brasileiros organizaram, junto ao Comando Geral de Greve (CGG), uma greve nacional exigindo melhorias nas condições de trabalho, mais liberdade sindical e abono salarial. Mas, os sindicatos e o governo Jango enfrentaram uma forte oposição contra a criação do 13º salário. O empresariado era contra o projeto alegando que ele elevaria o custo e resultaria numa “quebradeira geral” de empresas no Brasil. Parte da imprensa também atacou a decisão do presidente brasileiro. O jornal O Globo, de propriedade de Roberto Marinho, personalidade que defendeu ardorosamente o golpe militar de 1964, escreveu um editorial raivoso na

O GRANDE IRMÃO E A PEC 37

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LELÊ TELES A proliferação de cartazes anti PEC 37, agenda da Globo, nas mãos dos nossos comportados e revoltados jovens, deixou-me com uma pulga atrás da orelha Os barões da mídia, todos o sabemos, tentaram convocar o povo às ruas, sem sucesso, para defender as suas causas. Movimento Cansei, Movimento Vassouras etc. Agora pegaram carona no movimento que já estava nas ruas. Difuso, sem líderes, sem foco definido, mas com uma grande vontade de protestar e com uma indignação aceitável, logo foram assimilados pelo Grande Irmão que passou a fazê-los de títeres. Primeiro foi a coisa do vandalismo. Dizem que há dois tipos de gente nas ruas, os manifestantes, que são os caras que cantam hino e se vestem de bandeira e, até mesmo os que espancam quem usa bandeiras vermelhas, e os vândalos. Os vândalos não seriam manifestantes, mas uns caras que nasceram pra fazer arruaça e precisavam somente de um pretexto para quebrar palácios de governos e agências bancárias: símbolos do poder político e do po

Dilma e a revolução dos coxinhas

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Miguel do Rosário   Dessa vez eles chegaram bem perto. A estratégia foi genial. Usaram um grupinho político da USP que tinha uma proposta simpática, a defesa do passe livre, e, com ajuda da brutalidade da polícia paulista, transformaram um protesto local no maior delírio coletivo das últimas décadas. Ainda vai demorar para sabermos a extensão da influência dos grupos “anonymous” na organização virtual das manifestações. Mas as névoas estão começando a se dissipar. Depois do apoio dos Clubes Militares aos “protestos de rua”, as coisas vão ficando mais claras. É um fenômeno que vem se repetindo nos últimos anos, e cada vez emerge mais forte. As novas investidas da direita tem se dado através da juventude da classe média. Pega-se uma bandeira ou candidato simpáticos, untados com antigovernissmo, agressividade política, cobertura midiática favorável, um bocado de esquerdismo utópico e infantil, e pronto, eis uma causa capaz de reunir milhares de jovens. A estratégia de usar

E se Verônica Serra fosse filha de Lula?

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Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo: Certas perguntas têm a força de mil respostas, e este é um caso. Verônica Serra Um título do site Viomundo, trazido ao Diário pelo atilado leitor e comentarista Morus, merece reflexão. E se o filho de Lula fosse sócio do homem mais rico do Brasil? Antes do mais: certas perguntas têm mais força que mil repostas, e este é um caso. Bem, o título se refere a Verônica Serra, filha de Serra. Ela foi notícia discreta nas seções de negócios recentemente quando foi publicado que uma empresa de investimentos da qual ela é sócia comprou por 100 milhões reais 20% de uma sorveteria chamada Diletto. Os sócios de Verônica são Jorge Paulo Lehman e Marcel Telles. Lehman é o homem mais rico do Brasil. Daí a pergunta do Viomundo, e Marcel é um velho amigo e parceiro dele. Lehman e Marcel, essencialmente, fizeram fortuna com cerveja. Compraram a envelhecida Brahma, no começo da década de 1980, e depois não pararam mais de adqui

Já não se faz ‘passeata de direita’ como antigamente

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Mário Magalhães ( Para seguir o blog no Twitter: @mariomagalhaes_ ) Como não havia tanta gente assim, lá pelo meio da passeata de ontem deu para trocar mais um dedo de prosa com Maicon Freitas, 31 anos, o combativo líder da manifestação carioca. “Você sabe o que foi o CCC?”, perguntei. “Não tenho a menor ideia”, ele respondeu, e eu acreditei. “Comando de Caça aos Comunistas”, esclareci, evocando o grupo paramilitar de extrema direita de certa fama nos anos 1960. Técnico de segurança do trabalho, Maicon capitanea a UCC, União Contra a Corrupção – Brasil. A organização recém-nascida se autoproclama “neutra, nem de direita nem de esquerda”. Veta estandartes de partidos políticos nos protestos. “Eles querem queimar nossas bandeiras”, reclama Maicon, sem informar quando algum ataque dessa natureza teria ocorrido. Indagado sobre a acusação de fascistas, assestada nas redes sociais contra grupos similares ao seu, ele retrucou: “Esse discurso não é válido agora, hoje só vai cr