Jornalistas incompetentes e toda uma mídia envolvida com o crime organizado, obrigam empresas e pessoas ligadas, ou não, ao governo a tentarem restabelecer verdades através de "notas oficiais" ou blogs próprios.

BNDES desmente Estadão

O jornal Estadão recebeu mais um desmentido, coisa que virou rotina ultimamente.

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), divulgou nota desmentindo que tenha feito empréstimos diretamente à empresa Delta Construções.

O banco esclareceu que:

- a empreiteira Delta contratou financiamentos nos bancos comerciais (na modalidade indireta automática), que são agentes de crédito da linha FINAME do BNDES para compra de máquinas e equipamentos nacionais;

- esses bancos comerciais (ex: Bradesco, Itaú, BB, etc) é que assumem integralmente o risco dos empréstimos, e são eles que decidem pela concessão ou não dos financiamento;

- em caso de calote do tomador de empréstimo (Delta), quem perde é o banco comercial, pois continua obrigado a pagar ao BNDES.

O jornalão havia publicado notícia tendenciosa como se o dono da empreiteira e a diretoria do BNDES sentassem para tomar um cafezinho, e houvesse algum tipo de influência política neste tipo de financiamento. E, pior, o jornalão tentou induzir o leitor a suspeitar que estes financiamentos poderiam ter relação com pagamentos da Delta à empresas fantasmas do esquema Cachoeira.

O jornalão dizia que teria havido "repasses" de R$ 139 milhões, entre 2010 e 2012, do BNDES para a empreiteira, quando o que houve, segundo o banco, é cerca de 700 operações de financiamento de máquinas compradas pela empresa (tais como caminhões, máquinas para terraplanagem, escavações, fundações, etc), na rede bancária de agentes credenciados.

O próprio Estadão já deve ter adquirido máquinas e equipamentos gráficos através do FINAME.

Eis a íntegra da nota:
Em função das notícias publicadas hoje acerca de financiamentos obtidos pela empresa Delta Construções S/A com recursos do BNDES, que sugerem erroneamente que o Banco teria oferecido crédito no valor de R$ 249,7 milhões diretamente à empresa, o Banco esclarece:


1. As operações mencionadas resultam de cerca de 700 financiamentos contratados no Produto BNDES Finame (comercialização de máquinas e equipamentos), operacionalizado na modalidade indireta automática, isto é, por meio de Agentes Financeiros (bancos comerciais) repassadores de recursos do BNDES aos mutuários. Apenas no ano passado, foram realizadas mais de 250 mil operações pelo BNDES Finame.


2. Nessa modalidade de financiamento (indireta automática), os Agentes Financeiros assumem integralmente o risco das operações perante o BNDES, sendo os responsáveis por efetuarem a análise cadastral e financeira dos mutuários, decidindo, ao final, pela concessão ou não dos recursos.


3. Ao BNDES compete, uma vez enviada a solicitação de financiamento pelo Agente Financeiro, verificar se a operação foi enquadrada corretamente em suas normas operacionais em vigor e proceder à sua homologação.


4. Após a homologação da operação pelo BNDES e liberação dos recursos, o Agente Financeiro nas operações do Produto BNDES Finame para aquisição ou produção de máquinas e equipamentos, deverá repassar os recursos diretamente ao fabricante.


5. Em caso de inadimplemento por parte do mutuário, os recursos públicos administrados pelo BNDES não sofrerão qualquer prejuízo, já que, nessa hipótese, o Agente Financeiro continuará obrigado a reembolsar os valores que lhe foram anteriormente repassados. Vale lembrar que a taxa de inadimplência do BNDES é de apenas 0,14% sobre o total da carteira de crédito, a mais baixa do sistema financeiro nacional.


6. Registre-se que é responsabilidade do Agente Financeiro realizar o acompanhamento integral das operações por ele contratadas. No entanto, o BNDES, de modo complementar e por amostragem, também realiza a fiscalização dessas operações, a fim de se certificar de que os financiamentos foram enquadrados corretamente em suas normas operacionais e de que a colaboração financeira foi utilizada corretamente. Caso seja verificada qualquer irregularidade, são aplicadas as penalidades previstas, tais como vencimento antecipado do contrato, multa e encaminhamento ao Ministério Público para apuração de eventual desvio de finalidade.


7. Finalmente, o BNDES repudia qualquer insinuação que relacione sua atuação à prática de irregularidades. A partir do surgimento das denúncias contra a construtora Delta, este Banco imediatamente suspendeu a análise de qualquer operação relacionada à referida empresa, tendo recomendado, ainda, a todos os seus Agentes Financeiros que fosse adotado o mesmo procedimento.

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