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Mostrando postagens de agosto, 2015

7 dados para você não falar bobagens sobre a redução dos ministérios

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José Augusto Valente no Carta Maior Os governos do PT incharam a máquina pública? Não, e os números mostram isso. Mas por que será que a mídia insiste em escondê-los? Esse assunto, volta e meia, reaparece no debate nacional. Geralmente, de forma torta, como tentarei demonstrar a seguir. A primeira pergunta, que quase ninguém se faz é: qual o número adequado de ministérios, empresas, autarquias, cargos, funções e funcionários públicos? A resposta a essa pergunta é óbvia: depende! Se o projeto vencedor nas eleições fosse o do Aécio ou o da Marina, a ideologia do “estado mínimo”, que eles defendem, teria como consequência o enxugamento da máquina pública. Entretanto, o projeto vencedor, em 2014, foi o liderado por Dilma. Este projeto é o que dá resposta à sociedade sobre mais educação, mais saúde, mais saneamento, mais infraestrutura, mais direitos humanos. O mesmo projeto vencedor das eleições de 2002, 2006 e 2010. Exige um estado muito maior que o mínimo de triste

Cunha, Aécio e Gilmar: os três patéticos

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Isolada de sua base histórica, a banca e o empresariado, à tropa do impeachment só resta a debandada. Altamiro Borges no Blog do Miro Entre as várias figuras exóticas da política nacional, três têm se destacado nos últimos meses. Aécio Neves, o cambaleante tucano, até agora não se curou da ressaca das eleições presidenciais de outubro passado. Toda semana ele esbraveja, reúne-se com grupos fascistas e exige o impeachment de Dilma. Temendo ser atropelado pelo governador Geraldo Alckmin e até pelo eterno candidato José Serra, ele tem pressa. Outro que anda desesperado é o lobista Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal. Ele virou o herói dos fascistas mirins, mas foi denunciado na midiática Operação Lava-Jato e agora corre o risco de ser cassado. Por último, vale citar a figura sinistra do ministro Gilmar Mendes, que faz de tudo para transformar o STF num aparelho da oposição mais hidrófoba. Na semana passada, Gilmar Mendes aprontou mais uma e voltou a ganhar os holofotes da

Revista Veja se volta agora contra Veríssimo e Laerte

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Da Redação - Conexão Jornalismo Baixarias contra os dois também são ataques indiretos ao governo O jogo democrático prevê a liberdade de expressão, bem como a contestação. Mas há que se atentar para o nível do debate. Nos últimos dias, o escritor Luis Fernando Verissimo e o cartunista Laerte foram alvo de ataques contundentes, após terem publicado uma crônica e uma charge com críticas às manifestações pró-impeachment do último dia 15. Foram irônicos, mas realistas em suas ponderações e preocupações. Receberam de volta petardos desproporcionais e virulentos, grosseiros. Laerte foi agredido por Reinaldo Azevedo, blogueiro da Veja. Verissimo, condenado por uma professora gaúcha, em texto divulgado por outro colunista da revista, Augusto Nunes. O escritor e humorista já havia sido atacado anteriormente por Rodrigo Constantino, também da Veja. A estratégia é semelhante à que foi utilizada nos últimos meses contra o ator e articulista Gregório Duvivier, que ousou defender políticas

A contraofensiva global da direita e o limite de seu fôlego

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Emir Sader na RBA  Reação tem seu epicentro na América Latina, onde forças conservadoras tentam desestabilizar os governos que mais questionam o neoliberalismo e bloquear a construção de novas alternativas ao modelo MINISTERIO DEL INTERIOR DE LO GOBIERNO DE EQUADOR/ FOTOS PÚBLICAS Manifestação contra o governo do Equador. Direita tenta, mas falta projeto para conquistar eleitores A América Latina tem sido um cenário concentrado de ofensivas da direita, por ser a região onde a direita ficou mais deslocada. Tem perdido eleições sucessivamente nos países com governos progressistas e passou a apelar a tentativas de desestabilização política, valendo-se do seu elemento mais forte: o monopólio privado dos meios de comunicação. Quando há eleições, a direita se joga por inteiro tentando uma vitória, como foram os casos recentes no Equador, na Bolívia, no Brasil, no Uruguai, como se dá atualmente na Argentina e na Venezuela. Acumulando novas derrotas, a direita coloca em práti

Ação de Gilmar é resposta possível dos tucanos ao fim da “esperança Cunha”

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FERNANDO BRITO no TIJOLAÇO No mínimo inusual e insólito o ato de Gilmar Mendes, na sua função de Ministro do TSE, de enviar as contas da campanha da chapa Dilma-Temer à Procuradoria Geral da República. Qualquer operador do Direito sabe que o fluxo normal seria o inverso: o juiz ponderar provas trazidas pelo MP ou por autores de reclamação judicial, não o de tomar a iniciativa. Diriam os advogados, citando Cícero: “da mihi factum, dabo tibi jus” (dê-me o fato, e eu darei o direito), para simbolizar o princípio da inércia do juiz – não a inércia da preguiça, obvio, mas a da iniciativa jurídica. Mas, então, admitindo que assistam razões morais de defesa da lisura do processo eleitoral – sim, incumbência do juiz – quais são os fatos apontados por Mendes? As doações de empresas envolvidas na Lava-Jato, certo? Não seria, portanto, o correto e equilibrado determinar as condições em que operaram-se todas as doações feitas por estas empresas às candidaturas de todos que as receberam? Aéc

Nada é pior do que se deparar com um jovem de cabeça velha

Leonardo Sakamoto Nada, absolutamente nada, é pior do que se deparar com um jovem de cabeça velha. E, por favor, não me interpretem mal. “Velha'' aqui não vem no sentido de idade, porque há pessoas que ultrapassam os 80, 90 anos compreendendo o tempo em que vivem e, em uma constante renovação de si mesmas, conseguem revisitar sua visão de mundo sem corromper sua ética e seus ideais. Elas exalam um frescor de pensamento e uma abertura para o diálogo que muita gente que nem completou 30 anos conseguiria mesmo se tivesse overdose de xampu de bebê. Aquele que não irrita os olhos. Além do mais, com exceção de meus queridos amigos de Recife, que chamam todo mundo de “velho'', mas possuem licença poética para tanto, pessoas idosas não deveriam ser reduzidas a esse termo. Muitos menos de forma depreciativa. Da mesma maneira que indivíduos com deficiência visual não deveriam ser chamados por sua deficiência – “o cego'', “a cega''. “Cego'' deveria

Carta aberta ao risonho Eduardo Jorge - Por Rodrigo Vianna

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Rodrigo Vianna Caro Eduardo Jorge Em 1998, eu votei em você para deputado federal, pelo PT. Conhecia uma de suas filhas, da USP (já tinha ido até em festas na sua casa, na Vila Mariana), e ela fez um apelo de última hora para que ajudássemos a eleger um velho militante que não tinha recursos, e dependia do “voto de opinião”. Segui o apelo de sua filha (não sei se ela lembra disso; mas eu lembro bem). Na época, você era uma liderança do PT, já havia sido deputado constituinte, tinha sido secretário municipal na gestão Erundina, e havia atuado na zona leste de São Paulo na organização de movimentos populares.Por causa desse perfil, dei meu voto a você. Acompanhei depois sua lenta (mas decidida) aproximação com o tucanato, e sua curiosa parceria com José Serra. Tenho amigos tucanos, e não vejo isso como “crime”. Mas estranhei que você tenha feito esse giro sem jamais explicar o que achava das privatizações de FHC nos anos 90: a entrega da Vale, da CSN, a tentativa de vender até a

A incrível resposta da Globo no caso do apartamento no Guarujá atribuído a Lula

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Paulo Nogueira no DCM As provas são “a vizinhança”: o alegado apartamento de Lula Lula é o alvo da plutocracia. Isso está claro. Dilma, com as unhas aparadas, fica até 2018. O problema é Lula. Quem poderia enfrentá-lo na direita? São todos mirins. Ao mesmo tempo, também o PT, sem Lula, vira um adversário muito mais fácil de bater. Tirar Lula é a prioridade, portanto. A mídia comanda, como sempre, a perseguição. Vale tudo, como você pode observar. A prova não está na Veja, que há dez anos, semana sim, semana não, anuncia o fim de Lula. Esqueça, portanto, a Veja, que figura já no manicômio da imprensa. Mas repare no Globo. Numa coisa, em particular. Dias atrás, Lula desmentiu ser dono de um apartamento no Guarujá que ele poderia comprar com o dinheiro de uma palestra. O Globo respondeu oficialmente. É o tipo de resposta que quem milita ou militou na imprensa sabe que foi lida e aprovada pelos patrões. Isso dá a ela mais importância ainda. A contraargumentação da Globo é cen

Protestos registram agressões a quem veste camiseta vermelha

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No Rio e Curitiba, três pessoas saíram escoltadas para se proteger de manifestantes MARINA ROSSI no El País Homem é agredido durante o protesto em Curitiba. / IRENE ROIKO A polarização que se estende desde as eleições do ano passado foi evidente em alguns dos protestos contra o Governo deste domingo , com cenas de agressividade que destoam do tom pacífico que os organizadores procuraram manter. Algumas cidades registraram casos isolados de violência contra pessoas que vestiam vermelho, numa cena típica das perigosas brigas de torcidas de futebol. Em Curitiba, um casal foi agredido porque vestia camisetas vermelhas, o que provocou a ira dos manifestantes anti-Dilma, que se caracterizaram por vestir roupas verde e amarela. A camiseta do rapaz, que tinha uma imagem de Che Guevara estampada, foi arrancada do seu corpo e, depois, incendiada. O rapaz tomou socos e chutes dos presentes. Ambos ficaram feridos e tiveram de ser escoltados pela polícia. Enquanto

O abuso de poder nos grampos da PF, a covardia de Cardozo, e o inútil ataque a Lula

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Contexto Livre A escuta telefônica, legalmente autorizada, não abrange a violação da intimidade de terceiros, salvo estes estejam, nos contatos com aquele que foi “grampeado”, combinado ilícitos ou se referido a informações relativas à produçõ de provas. Fora isso, é uma violação indevida e criminosa e é isso que a Polícia Federal está fazendo ao vazar para o Estadão que o ex-presidente Lula teria conversado duas vezes com um dirigente da Odebrecht ao telefone. Aliás, a própria data dos telefonemas, 15 de junho passado, mostra que, ainda que houvesse algo a ocultar nas conversas, ninguém seria imbecil de, a esta altura, sabendo da síndrome de Gestapo que se apossou de alguns policiais — sob a completa passividade do inservível Ministro da Justíça, José Eduardo Cardozo — falar de assuntos capciosos ao telefone, se existissem e devessem ser tratados. E do que falavam Lula e o empresário, segundo o relatório dos arapongas federais curitibanos? De um artigo de Delfim Netto, que

Nove tipos da direita brasileira

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PANDORA livre Iniciado o processo de redemocratização brasileiro, trafegavam na política nacional os herdeiros do MDB e os militantes de esquerda que lutaram contra a ditadura ou participaram de movimentos sindicais, do campo ou eclesiais de base. O trauma da ditadura garantia uma unidade entre esses movimentos, que clamavam pela instauração de uma democracia neste país. Partidos como o PSDB e o PMDB caminhavam pelo centro, pendendo vez ou outra para a esquerda ou para a direita. De outro lado, os partidos assumidamente de direita serviam para divertir o tedioso horário eleitoral, com figuras análogas aos Enéas e Fidelixes da vida. Algumas poucas décadas depois desse processo, instaurado um governo de esquerda neste país, insatisfações justas e injustas modificaram a cara das pessoas, dos movimentos e dos partidos aqui existentes. No meio dessa chacoalhada, acordaram o Gigante da direita brasileira, que parecia não existir. Estamos aqui para fazer você entender esse recente fenômeno s

Anunciado pela GLOBO como "vereador do PT" operador de "esquemas" na Lava Jato é na verdade antipetista raivoso

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Miguel do Rosário  no Cafezinho Ao noticiar a prisão de Alexandre Correa de Oliveira Romano, o Globo e a Globo apresentaram o sujeito apenas como "ex-vereador do PT". Só que a história verdadeira não é essa. Romano foi um petista relâmpago. Entrou no partido para concorrer a vereador em 2000, e elegeu-se com votação recorde, por conta de pertencer a uma tradicional família de Americana, interior de São Paulo. Em menos de dois anos, porém, se licenciou do cargo e, em 2003, assumiu o cargo de secretário de meio ambiente do prefeito da cidade, do PDT, não apoiado pelo PT. Em seguida, desfiliou-se do PT. Sua desfiliação aconteceu em setembro de 2005, conforme dados oficiais do TSE. E foi à Brasília prestar serviços para a Câmara dos Deputados. Fontes de Americana ligaram para o Cafezinho para me avisar que Romano jamais teve qualquer ligação orgânica com o partido. As fofocas divulgadas pelo blog Antagonista, de que Romano teria doado R$ 5 mil ao então c

O protesto de domingo morreu antes de nascer.

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Paulo Nogueira no DCM O protesto de domingo morreu, tecnicamente, antes de nascer. A causa mortis foi a NOG, a Nova Ordem da Globo, aquela que tira formalmente o apoio ao golpe. A Globo nunca entra num jogo se pode perder. Ela apoiou os golpistas de 64 porque a vitória era certa, garantida pelos militares e pelos americanos. Agora, não. Ficou claro, depois de oito meses de desestabilização, que um golpe conflagraria o país, e os resultados para ela, Globo, poderiam ser catastróficos. Tudo isso posto, significa que os idiotas úteis que vestiam camisas da CBF e iam para as ruas pedir a cabeça de Dilma se transformaram em idiotas inúteis. Como foram artificialmente erguidos e promovidos, agora serão devolvidos a seu devido lugar. Como esquecer o protesto de fevereiro, quando a Globo News anunciava a todo instante o número brutalmente mentiroso de participantes passado pela polícia de Alckmin? Aquela era, aspas, e pausa para gargalhadas, a “festa da família brasileira”. Um diretor da G

Meu filho, você não merece nada

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ELIANE BRUM - Publicado em 2011 na Revista Época A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada ELIANE BRUM* Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor. Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior

O petista, o coxinha e o judeu

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André Falcão* no Pragmatismo Político A coisa está tão absurda que não há como não recordar os judeus e a perseguição que sofreram até descambar no maior genocídio da história recente. Não é devaneio. Nem complexo de perseguição. Basta você, que não seja, ou que ainda não tenha se transformado num coxinha incapaz de ver do lado, assistir à qualquer película sobre aquele espetáculo de preconceito e crueldade insana, para que a comparação com os primeiros passos da ofensiva contra aquele povo se estabeleça. Guardadas as diferenças várias que possam ser (e seriam) alinhavadas, fica a sensação de uma perseguição que já se mostra evidente, tão odiosa quanto insana, tão pretensiosa quanto ignorante, e tão patética quanto bestial. O coxinha imbecil agride quem veste vermelho (por ora verbalmente), quem votou em Lula e Dilma, ou é, ou foi, autoridade desse governo, mesmo no exercício da vida privada. O desgraçado ameaça de morte apresentador de TV por emitir opinião contrária à dele, no c

“Até o final do ano, tentarão prender o Lula”: um depoimento exclusivo!

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Moro, o juiz camisa preta, faz tabelinha com a Globo Rodrigo Vianna no Portal Forum A frase que dá título a esse texto não foi dita por um militante petista desvairado. Nem por um jornalista (como esse que escreve) afeito a teorias da conspiração. Saiu da boca de um advogado paulistano, bem-sucedido, com sólida formação acadêmica (é também professor de Direito), sócio de um escritório na região da avenida Paulista. Detalhe: ele votou em Aécio no ano passado, mas não disse a frase em tom de “comemoração”, mas de alerta. A conversa aconteceu num encontro social privado, há alguns dias, antes portanto da prisão de José Dirceu. O advogado, a quem conheço há mais de 30 anos, tem na sua carteira de clientes alguns empreiteiros. Um deles está em prisão domiciliar, por causa da Lava-Jato, e algumas semanas atrás foi obrigado a depor algemado em Curitiba – como forma de pressão. “Um homem de quase 60 anos, franzino, que não oferece nenhum risco físico às autoridades, foi obrigado a dep