Índio da Costa, 'bon vivant', perdulário e possivelmente criminoso
Brasil 247
POR TRÁS DE UM ESTILO DE VIDA NABABESCO, COM DIREITO A SHOWS PRIVÊS DE TONY BENNETT E ELTON JOHN, FAMÍLIA DE LUIS OTÁVIO ÍNDIO DA COSTA, DONA DO BANCO CRUZEIRO DO SUL, COLECIONA 300 MIL EMPRÉSTIMOS FALSOS PARA ESCONDER UM ROMBO ESTIMADO EM MAIS DE R$ 1,3 BILHÃO NA INSTITUIÇÃO; PF INVESTIGA
No mesmo ano, o banco patrocinou um concerto privê, na Sala São Paulo do cantor britânico Elton John.
Luis Otávio Índio da Costa também pensou em abrir as portas de sua mansão para uma apresentação da companhia de dança norte-americana Momix. Desistiu depois que o número de convidados saltou para mil pessoas e decidiu mudar o show para o Auditório Ibirapuera.
Suas festas sempre foram bem frequentadas, com a presença da ex-ministra do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie, o governador do Rio, Sérgio Cabral, o publicitário Roberto Justus, a apresentadora Luciana Gimenez e até a top model internacional Naomi Campbell.
Suas festas sempre foram bem frequentadas, com a presença da ex-ministra do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie, o governador do Rio, Sérgio Cabral, o publicitário Roberto Justus, a apresentadora Luciana Gimenez e até a top model internacional Naomi Campbell.
A famÍlia Índio da Costa também é conhecida por suas generosas doações. No ano passado, engordou a conta do PT, PSDB e PMDB. Segundo informações da coluna de Claudio Humberto, só o PT teria recebido R$ 2,1 milhões, quase o dobro dos tucanos. O curioso é que o deputado Índio da Costa foi vice de Serra em 2010.
Por trás desse estilo de vida ostentatório existe uma longa lista de fraudes bilionárias. Auditores do BC detectaram na escrituração um rombo de cerca de R$ 1,3 bilhão. O patrimônio líquido está negativo em cerca de R$ 159 milhões. Segundo informações do Estadão, pelo menos 300 mil empréstimos falsos foram inventados pela instituição para esconder prejuízos acumulados.
O diretor executivo do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), Antonio Carlos Bueno, afirmou nesta segunda-feira (4), que uma eventual liquidação do Banco Cruzeiro do Sul geraria uma obrigação ao fundo de arcar com até R$ 2,2 bilhões. E entrevista para o Valor Ecômico, a estrategista de renda variável do Banco Fator, Lika Takahashi, o problema com o Cruzeiro do Sul deve fazer os investidores questionarem se os bancos menores terão problemas futuros de acesso a financiamento.
Após a descoberta da fraude, 15 pessoas tiveram seus bens temporariamente indisponíveis. A lista foi distribuída pelo sistema de informações do BC, o Sisbacen, e inclui os nomes de Luis Felippe Índio da Costa, Luis Octavio Azeredo Lopes Índio da Costa, Charles Alexander Forbes, Fabio Caramuru Correa Meyer, Fabio Rocha do Amaral, Flávio Nunes Ferreira Rietmann, Horácio Martinho Lima, José Carlos Lima de Abreu, Luiz Fernando Pinheiro, Guimarães de Carvalho, Marcelo Xando Baptista, Maria Luisa Garcia de Mendonça, Progreso Vaño Puerto, Renato Alves Rabello, Roberto Vieira da Silva de Oliveira Costa e Sergio Marra Pereira Capella.
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