Avon deixa de vender livros da editora de Silas Malafaia

Paulo Lopes



Catálogo continua oferecendo livros de
temática espiritual, mas não de Malafaia

No mais recente folheto “Moda e Casa” da Avon, divulgado no dia 13 de junho, sumiram os livros da Editora Central Gospel, do pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.

A Avon não deu uma explicação para retirada desses livros do seu catálogo, mas é certo que a sua decisão decorreu da campanha feita na internet por ativistas gays contra o apoio da empresa a um pastor tido por eles como homofóbico.

Um dos livros da Central Gospel comercializados pela Avon era o “A estratégia: o plano dos homossexuais para transformar a sociedade”, do pastor Louis Sheldon. Malafaia nega que edita livro com conteúdo preconceituoso.

O catálogo continua oferendo livros de temática religiosa (ou espiritual), como “Jesus. O maior psicólogo que já existiu”, de Mark W. Baker e editado pela Sextante, “Encontro Deus na Cabana”, de Randal Rauser, da Planeta, e "Encontro Diário com Deus" (orações e mensagens organizadas pela Editora Vozes). Há também livros espíritas de Zibia Gasparetto.

No auge da polêmica, em abril, a Avon emitiu nota com a afirmação de que respeita a diversidade sexual e que vende livros em mais de 100 países sempre observando a “pluralidade de preferências, ideias e estilos de vida”.

Mas ainda assim a empresa se comprometeu na época em analisar as reclamações de quem se opunha à venda dos livros da editora do pastor.

Houve quem sugerisse um boicote aos produtos da Avon, possibilidade que foi minimizada pelo Malafaia. “Nós, evangélicos, representamos pelo menos 30% das vendas de produtos Avon, e os gays, talvez 2%”, disse.

A retirada do catálogo dos livros da editora de Malafaia representa perda financeira para ambos os lados.

A Central Gospel, a segunda maior do mercado evangélico, vende cerca de 1 milhão de exemplares de livros por ano, e quase metade desse total era comercializada por intermédio das representantes da Avon.

Para a empresa de cosméticos, contudo, haverá o ganho de desatrelar a sua marca da imagem do pastor evangélico mais polêmico da atualidade.


Com informação do site A Capa e do folheto da Avon.

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