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Mostrando postagens de abril, 2016

Quem deu o golpe, e contra quem?

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JESSÉ SOUZA na Folha de São Paulo O golpe foi contra a democracia como princípio de organização da vida social. Esse foi um golpe comandado pela ínfima elite do dinheiro que nos domina sem ruptura importante desde nosso passado escravocrata. O ponto de inflexão da história recente do Brasil contra a herança escravocrata foi a revolução comandada por contraelites subordinadas que se uniram em 1930. A visão pessoal de Getúlio Vargas transformou o que poderia ter sido um mero conflito interno de elites em disputa em uma possibilidade de reinvenção nacional. O sonho era a transformação do Brasil em potência industrial com forte mercado interno e classe trabalhadora protegida, com capacidade de consumo. Nossa elite do dinheiro jamais sequer "compreendeu" esse sonho, posto que "afetivamente" nunca sentiu compromisso com os destinos do país. Desde então o Brasil é palco de uma disputa entre esses dois projetos: o sonho de um país grande e pujante

A parcialidade é o menor dos problemas da mídia golpista. Por Léo Mendes

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Leonardo Mendes no DCM Escrevo outra vez ao querido amigo ignorante político, que vibrou essa semana com a capa da Istoé como há tempos não vibrava, talvez desde que a Veja guinou à esquerda, como afirma o colunista demitido Rodrigo Constantino. Escrevo porque me parece uma ótima oportunidade de esclarecer um ponto que sei que o amigo tem muita dificuldade em compreender: que a parcialidade é o menor dos problemas da mídia golpista. Sei que me acusas de ser parcial, de ser bancado pelo governo, por pão e mortadela, e que acreditas que essa parcialidade que encontras nos “blogs sujos” seja uma espécie de salvo conduto para coisas como a capa da Istoé dessa semana, como se os “blogs sujos” fossem uma espécie de outro lado da moeda. “Coisa” porque me faltam palavras para descrever aquela capa, e só de pensar em descrevê-la sinto por empatia o ódio profundo que a pariu. Prefiro evitar. Mas veja então que o problema não é nem nunca foi a parcialidade, e sim o monopólio da informação