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Mostrando postagens de junho, 2010

Serra rifa Álvaro Dias e DEM indica um ficha suja para vice

Parece que a novela do vice de José Serra chegou ao seu capítulo final nesta quarta-feira (30). O candidato tucano à Presidência decidiu rifar o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) e teve de engolir a exigência dos “democratas”, que indicaram o deputado Índio da Costa (DEM-RJ) para a vaga. Serra queria evitar tal desfecho, já que o DEM (ex-PFL) ficou mal afamado após os escândalos do ex-governador Arruda, do Distrito Federal, filiado à legenda. O candidato a vice se apresenta como o relator do projeto da ficha limpa, mas também possui um currículo pouco recomendável. Genro de Cacciola O parlamentar carioca foi namorado de Rafaela Cacciola, filha do banqueiro ítalo-brasileiro Salvatore Cacciola, proprietário do falido Banco Marka, que se meteu numa operação criminosa durante a crise cambial de 1999 (quando o real foi desvalorizado), foi condenado, fugiu para a Itália e hoje está encarcerado. O sogro cumpre pena por corrupção. Costa também é empresário, sócio cotista da Baqu

Nem tucanos conhecem o vice…

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Tijolaço     O vice da hora de José Serra é tão conhecido, mas tão conhecido, que os tucanos tiveram dificuldades para elogiar a escolha do DEM. Como conta O Globo , reservadamente os tucanos afirmaram nem conhecer Índio da Costa. Depois que o DEM estrilou com a intenção tucana de uma chapa puro-sangue, Serra teve que engolir um nome do partido -ou melhor, um nome indicado por Rodrigo Maia e Cesar Maia -  mesmo que de pouquíssima expressão. Roberto Jefferson, que se declara o único 100% fiel a Serra, chamou o DEM de oportunista e disse que a insistência de indicar o vice é tentativa de “lavar a honra” atingida pelo triste fim do único governador do partido, José Roberto Arruda. O presidente do PSDB, Sergio Guerra, por sua vez, fez elogios protocolares a Índio da Costa, mas disse que continua achando que Álvaro Dias “seria o melhor candidato a vice”. Uma aliança tão harmônica assim nem precisa de adversários. Isso é que é prova da capacidade de gestão de Serra, de q

Depois de tirar Brasil da Copa, Folha diz: erramos

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Tijolaço Demorou quase o dia inteiro , mas a Folha de S.Paulo teve que reconhecer que publicou indevidamente um anúncio do supermercado Extra “se despedindo” da Seleção Brasileira, que continua na Copa, depois de duramente criticada pelo empresário Abílio Diniz, dono da rede Extra/Pão de Açúcar, e diante do volume de mensagens em sites e blogs. Em sua página no twitter, Abílio Diniz, cuspiu fogo: “Estou ao lado dos que se indignaram com o anúncio publicado erroneamente pelo jornal. Não compartilhamos com a impunidade e tomaremos as providências, que não eliminarão o erro, mas irão responsabilizar os culpados.” Dizem as más linguas que a Folha se vingou de Abílio Diniz por sua declaração aberta de apoio a Dilma. Mas acho que o jornal não chegaria a esse ponto. A repercussão foi tamanha que até a ombudswoman da Folha, que ao assumir a função em abril desse ano, disse que iria ignorar as redes sociais, teve que se render, afirmando no twitter que foi uma “tremenda ma

A dama de veludo

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Eduardo Guimarães Ex-dama de ferro – ao menos no dizer da imprensa do PSDB –, Dilma Rousseff, no Roda Viva que foi ao ar pela TV Cultura na noite de segunda-feira, esteve mais para dama de veludo. Diante das provocações até mal-educadas de ao menos dois entrevistadores – como não poderia deixar de ser, o da Folha de São Paulo e o do Globo – soube controlar, de uma forma surpreendente, uma irritação esperável diante de gente que estava ali para provocá-la. Germano Oliveira, chefe de redação de O Globo, e Sergio Dávila, editor-executivo da Folha de São Paulo, fizeram, respectivamente, duas perguntas evidentemente talhadas para desestabilizar emocionalmente a candidata do PT à Presidência. O primeiro perguntou, na lata, se ela se considerava um “poste”, e o segundo, se ela mandara fazer um dossiê contra o adversário José Serra. Ainda bem que não sou político. Não teria tido o jogo de cintura de Dilma, em tal situação. Com um sorriso entre ma

A "paciência estratégica" do Brasil e o futuro

Sergio Leo no Valor Econômico  (para assinantes) 28/06/2010 O governo da Bolívia havia decretado poucos dias antes a nacionalização das reservas de gás do país, com envio de tropas a instalações da Petrobras, quando se encontraram, em Viena, para uma reunião de cúpula com países europeus, os presidentes boliviano, Evo Morales, brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e venezuelano, Hugo Chávez. Lula, durante o encontro, não deu atenção e voltou as costas ostensivamente a Chávez, que, dias antes da nacionalização, havia se reunido com Morales e Fidel Castro, em Cuba, e era apontado como incentivador da decisão boliviana. Abordado pelo venezuelano, Lula discutiu com ele e o acusou de provocar problemas internos no Brasil. Chávez, segundo contaria ele próprio, mais tarde, a pessoas próximas, garantiu a Lula que Morales nada havia dito sobre a decisão a ele ou a Castro. Prometeu atuar para baixar o grau de hostilidade do colega boliviano. Verdade ou não, na mesma reunião de Viena, mais

Quem financia a oposição a Chávez?

Eva Golinger - Revista Fórum: Um relatório preparado pelo Instituto FRIDE, da Espanha, com financiamento e apoio da Fundação Nacional para a Democracia (National Endowment for Democracy – NED) e pelo Movimento Mundial para a Democracia (entidade criada pela NED), revela que distintas agências internacionais investem entre 40 e 50 milhões de dólares em setores da oposição na Venezuela a cada ano. Segundo o relatório, que foi publicado em maio de 2010, os fundos multimilionários estão exclusivamente orientados para fins políticos e incluem grandes contribuições para partidos políticos venezuelanos, como Primeiro Justiça, Um Novo Tempo e Copei. No relatório, o governo do presidente Hugo Chávez está classificado como “autoritário” e “ditatorial”, além de “violador dos direitos humanos”. Os fundos internacionais destacados no relatório estão destinados a grupos venezuelanos com o objetivo de lutar contra o governo de Hugo Chávez, para “restaurar o Estado democrático”.

Globo perde 8 em cada 100 TVs ligadas no #DiaSemGlobo

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Amigos do Presidente Lula A imprensa simpática à Globo diz que o #DiaSemGlobo fracassou, mas os números mostram outra coisa, e tiram o sono dos executivos da emissora, onde o sinal amarelo de alerta acendeu. De cada 100 TVs ligadas, medidas pelo Ibope, 8 mudaram de canal, e não assistiram na Globo. Comparando os dois jogos da Copa em dias úteis, o primeiro na estréia (contra a Coreia do Norte), dia 15, uma terça-feira, com o terceiro jogo (contra Portugal), no dia 25, sexta-feira: No 1º jogo, de cada 100 TVs ligadas, 75 estavam sintonizadas na Globo e 16 estavam na Band. No 3º jogo, de cada 100 TVs ligadas, 67 estavam sintonizadas na Globo e 20 estavam na Band. Enquanto a globo perdeu 8 TVs ligadas, a Band ganhou 4, em cada 100. A diferença pode ter ido para outros canais abertos que não transmitem a copa, ou para canais fechados como a ESPN que o Ibope não cobre. O #DiaSemGlobo continua na segunda-feira, no jogo Brasil x Chile

Novidades muito velhas

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Cláudio Gonçalves Couto A última pesquisa CNI/Ibope traz, de novo, velhas novidades. A ultrapassagem de José Serra por Dilma Rousseff confirma expectativas baseadas na longa trajetória, como assinalado na coluna de 30 de março de 2010 ( www.valoronline.com.br/impresso/politica/99/6184569/novidades-muito-velhas ). Nela apontei que o distanciamento então indicado pelo Datafolha em favor Serra era um repique estatístico, não ofuscando um cenário geral alentador para a candidatura situacionista.  As tendências de longo prazo ficam claras quando se consideram, com o devido tratamento estatístico, as pesquisas eleitorais realizadas por diferentes institutos nos últimos dois anos, agregando os resultados. É o que faz Marcus Figueiredo, do Iuperj em sua "Pesquisa das Pesquisas". Ajustando-se graficamente os resultados das enquetes, as tendências de longo prazo ficam nítidas (veja-se o gráfico em www.pa

O Brasil é uma pedra no sapato

Flávio Aguiar Dilma Rousseff veio à Europa, passou por quatro países, alguns primeiros-ministros, e encontrou o que veio buscar: reconhecimento internacional. E mais: demonstração de que é capaz de viajar sem Lula – em todos os sentidos que a palavra viajar possa ter. Mas colheu – e curiosamente plantou, porque colheu – mais. Em primeiro lugar, colheu alguns epítetos (desculpem o palavrão antigo, mas cheio de charme) curiosos: “Dama de Ferro” (antes expressão reservada a Margareth Thatcher), “Delfim de Lula”, por exemplo. Em segundo lugar, colheu uma impressão do Brasil, vigente aqui no Velho Mundo, muito peculiar, neste preciso momento em que a Zona do Euro atravessa uma turbulência sem par na história recente da Europa, pelo menos desde o fim da Segunda Guerra. O Brasil passou, de repente, a ser uma pedra no sapato da União Européia. A pergunta mais patética formulada a Dilma foi: “como, e por que o Brasil deu um reajuste de 7,7% aos aposentados?”. Isso vem

É SÃO JOÃO: SERRA QUEIMA COMO BATATA-DOCE ELEITORAL

Carta Maior O resultado do IBOPE transformou a festa de São João do tucanato num bombardeio interno, em que não faltam fogueiras expiatórias. Nelas ardem estratégias, estrategistas, dissimulações, vaidades, aspones e marqueteiros que não entregaram o que prometiam: seis pontos de vantagem –alguns cogitaram até 12 pontos— sobre Dilma, após a propaganda intensa do candidato no mês junino, quando foi vedete nos programas de PSDB, PPS e PTB, sem falar de uma chuva de prata de inserções publicitárias. O foguetório revelou-se pó de traque na aferição do IBOPE, que trouxe Dilma na dianteira com cinco pontos de vantagem sobre o candidato do conservadorismo brasileiro.  O fracasso do plano junino abriu uma temporada de vale-tudo na coalizão demotucana. Nesta 4º feira, em SP, uma reunião de emergência do tucanato discute a crise. Pelos jornais, estrategistas ressentidos com o conhecido menosprezo do candidato por idéias alheias, como o sociólogo Alberto Almeida [hoje, n

Super-exposição de Serra na TV fez sua rejeição aumentar de 25% para 30%

Amigos do Presidente Lula A pesquisa CNI/Ibope divulgada hoje captou o efeito da super-exposição de José Serra em programas eleitorais na TV, inclusive "alugando" o horário partidário do DEMos e do PPS. É provável que a exposição de Serra, computando o 3 partidos (PSDB, DEMos e PPS) lhe deu mais do dobro (talvez o triplo) da exposição na TV, este ano, do que teve Dilma Rousseff. E essa exposição de Serra foi concentrada neste último mês. Por isso, o normal deveria ser ele subir nas pesquisas, pelo menos algo em torno de 3%, e diminuir a rejeição. Mas aconteceu o contrário. Além do demo-tucano ter caído nas pesquisas, sua rejeição aumentou de 25% para 30%. É isso que dá, em vez de acordar cedo e trabalhar na elaboração de um programa de governo para o Brasil, ficar até alta madrugada conspirando para inventar "dossiês" que não existem, apenas para tentar encobrir notícias de seu passado. Rejeição dos candidatos na pesquisa CNI/Ibope: José Serra

Íntegra da pesquisa CNI/Ibope

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Nassif   http://www.sistemaindustria.org.br/emailmarketing/vinhetas10/pdf/pesquisa_CNI_IBOPE_8.pdf

O “neonacionalismo” de O Globo

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Tijolaço Diz o ditado que, quando você encontra um jaboti em cima de um galho de árvore, é certo que alguém o colocou lá. É o caso da manchete de O Globo de hoje: “Aumenta a dependência do país ao capital especulativo”. Vejam que maravilha! O Globo preocupado com os especuladores! E não é só o jornal. Miriam Leitão fez também um comentário na CBN dizendo que “aumentou muito a dependência do Brasil ao capital especulativo para fechar o déficit em transações correntes que, em maio, ficou em US$ 2 bilhões, o segundo maior depois de maio de 2001, no auge do apagão.” Tudo isso porque o BC baixou em 15% sua previsão de entrada de investimento estrangeiro direto, que é o capital que entra para o setor produtivo. E tinha que baixar, porque este investimento baixa sempre que há uma crise externa, como há agora na Europa. Foi assim em 2009, quando a crise mundial do fim de 2008 o derrubou para R$ 26 bilhões, com uma perda de mais de 40% em relação ao ano anterior . A no

Por que o PIG acusa a blogosfera sem citar nomes

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Eduardo Guimarães Li hoje na Folha de São Paulo um texto que me foi a gota d’água. O colunista Fernando de Barros e Silva se soma a blogueiros como Ricardo Noblat, Reinaldo Azevedo e alguns outros colunistas de Globos, Folhas, Vejas e Estadões para lançar suspeita sobre toda a blogosfera progressista, que empresta apoio condicional ao governo Lula e à sua candidata a presidente. Vale explicar que Barros e Silva aludiu a “blogueiros de aluguel” ligados a Dilma Rousseff e que estão apoiando Dunga só porque ele brigou com a imprensa. Descartando-se o fato de que esses escribas empregados nos órgãos de imprensa supra mencionados refletem a importância que a blogosfera vem adquirindo ao atacarem dessa forma genérica, sem citar nomes, o fato é que levantam suspeita sobre todo e qualquer blogueiro que se enquadre no perfil que traçam. Reinaldo Azevedo, blogueiro da Veja, aquele que costuma aparecer em fotos abraçado com José Serra, dividiu os “b

O Globo omite bastidores ao pintar Dunga como um perigo para a seleção

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Azenha Omitindo de seus leitores a informação principal — de que existe uma disputa de bastidores em torno do acesso exclusivo da TV Globo a jogadores da seleção brasileira –, o jornal O Globo abriu uma campanha mesquinha contra o técnico da seleção brasileira, Dunga, a começar da falsa manchete de primeira página: CBF teme que Fifa puna Dunga por palavrões . O factóide foi logo descartado pela própria Fifa, embora o jornal cravasse no texto de primeira página: “As reações destemperadas de Dunga durante e após a vitória sobre a Costa do Marfim puseram a CBF de sobreaviso. A entidade espera comunicado da Fifa com repreensão ou multa ao treinador por mau comportamento. Os dirigentes lembram que o técnico da Argentina, Maradona, foi multado e suspenso por xingar jornalistas nas eliminatórias”, dizia parcialmente a chamada. Sob ela, um texto do colunista Bruno Mazzeo, com o título “Uma TPM que não passa”. E uma outra chamada: “Psicólogos analisam o técnico brasileiro”.

Dunga perde a paciência com a Globo

Locutor da CBN tenta espinafrar o Dunga e se dá mal (na CBN)

Paulo Henrique Amorim O Conversa Afiada publica e-mail que recebeu de Stanley Burburinho, o implacável perseguidor de iniquidades. Cony: Dunga não tem a obrigação de tratar a imprensa bem: ele tem é que ganhar 1 – A rádio CBN, durante a viagem do Juca Kfoury para cobrir a Copa, colocou o programa Quatro em Campo para ser apresentado das 20h às 21h. O programa é ancorado pelo Adalberto Piotto e os comentaristas são o Eboli (do RJ) o Sanchez (de SP) e o Guiotti (de MG e, dos quatro, o único que entende de futebol). O problema é que o Piotto, todos os dias, passa a maior parte do tempo humilhando o técnico ou falando das roupas do Dunga ou o Eboli imitando as falas erradas do técnico. O Piotto já demonstrou tristeza porque a Inglaterra não está indo bem na Copa. Hoje pela manhã o Piotto apresentou o programa no lugar do Heródoto Barbeiro. Achando que arrasaria ainda mais com o Dunga contando com a ajuda do Cony e da Viviane Mosé, o Piotto ficou num

DUNGA II – O TSUNAMI NA REDE GLOBO !!!

  João Ignácio Muller  Quem presenciou na noite de domingo o editorial do programa “Fantástico” da rede Globo, lido pelo repórter Tadeu Schmidt, há de ter compreendido todo o desespero que se apossou da “Vênus Platinada”, em relação ao técnico da seleção brasileira. Chamando-o de “grosseiro, mal educado “ e outros mimos a mais, a poderosa estação do Jardim Botânico viu pela primeira vez em mais de 40 anos, um brasileiro desafiar seu domínio, e literalmente mijar na sua cabeça. Recordando os fatos mais recentes, inconformado com a proibição das tais “entrevistas exclusivas” que só seriam concedidas à Globo, na sexta feira o Assessor de Imprensa da CBF levou ao técnico Dunga outro memorandum, dessa vez do próprio Presidente Ricardo Teixeira, solicitando que se ordenasse a abertura para que as tais “exclusivas” fossem concedidas. Dunga então rasgou o memorandum na frente do Assessor de Imprensa e como a reclamação vinha diretamente por ordem da Todo-Poderosa sra. Fáti

Cala boca, Tadeu Schmidt

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Brizola Neto Saltei do avião e achei minha caixa postal lotada de recados de amigos do Rio, me contando que a história da Globo com o Dunga desbancou o “Cala a Boca, Galvão” e se tornou, em apenas um dia o recorde mundial de mensagens no Twitter. A TV Globo é tão poderosa, mas tão poderosa, que está conseguindo transformar o Dunga em unanimidade. O contestado técnico da seleção brasileira está sendo alçado a essa condição depois que desafiou a emissora e passou a sofrer uma perseguição terrível por parte do time da Vênus Platinada , que agora faz campanha por uma punição da Fifa a ele. Francamente, uma bobagem. Mas como a Globo não anda com essa bola toda, o feitiço virou contra o feiticeiro. Depois do “Cala Boca, Galvão”, o editorial que o repórter Tadeu Schmidt foi obrigado a ler atacando Dunga mereceu uma avalanche de respostas, com o título de “”. A indignação da Globo, na verdade, não se deve a uma ou duas palavras atravessadas do treinador e, sim, à sua at

A triste sina de Heloísa Helena

Emir Sader Heloisa Helena havia feito campanha contra o aborto, embora presidente de um partido que havia se pronunciado a favor. Ao mesmo tempo, ela afirmou que preferia seus 10 minutos na TV Globo do que não renovar a concessão do canal de televisão privado venezuelano feito por Hugo Chavez. Sabia-se, pelo seu próprio estilo – revelado claramente na campanha eleitoral de 2006 -, que ela atua individualmente e não como dirigente de um coletivo partidário. Recentemente ela questionou o resultado da consulta interna feita para indicar o candidato à presidência. Ela preferia que o PSOL apoiasse Marina, mas rapidamente se revelou, nas negociações, como não havia identidade ideológica e política mínima entre o partido e a candidatura da Marina. Heloisa Helena tinha afirmado que não faria campanha nas eleições para o vencedor da consulta – Plinio de Arruda Sampaio. Mais recentemente, reafirmou que apóia Marina nas eleições presidenciais, contrariando frontalmente a posição

A PAUTA DO DESESPERO

Vendas de caminhões crescem 90% até maio; projeções do BNDES para  investimentos já ultrapassam previsões pré-crise; vendas de cimento crescem 18% no ano; 9 fábricas cimento estão sendo construídas pela Votorantim para atender as obras do PAC e do setor habitacional; 39 shoppings centers estão em construção no país; 93% das categorias pesquisadas pelo Dieese tiveram aumento real de salário no ano passado... É sob esse arcabouço que deve ser analisada a desesperada tentativa da Folha de SP de dar vida a um natimorto enredo de arapongas & dossiês para atingir a candidatura Dilma Rousseff.  A Folha, como se sabe,  é aquele veículo que falsificou uma ficha policial contra a então ministra Dilma Rousseff em manipulação rudimentar de cola & xerox  atestada por peritos da Unicamp. A pauta de dossiês & arapongas inclui-se nessa receita de remendos grosseiros adotada por uma redação que já não pode cobrir fatos políticos relevantes sem cometer um harakiri editorial.  Silenciam os jo

Estatuto da Igualdade Racial: Quem divide os brasileiros?

Por José Carlos Ruy Mesmo mutilado, o Estatuto da Igualdade Racial, aprovado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (dia 16) provoca reações alérgicas em setores conservadores da elite brasileira. O texto original foi desfigurado pelo relator, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) que retirou as referências às cotas na educação, à saúde da população negra, e o incentivo para a contratação de negros pelas empresas privadas. Mesmo assim, o texto - que foi tema de um editorial no jornal O Estado de S. Paulo com o significativo título de “Poderia ter sido pior” - foi desaprovado por seus detratores com o argumento de que ele fratura a sociedade brasileira e promove a "racialização" do país, ou a criação de um "Estado racializado". A divisão existe e seu reconhecimento é fundamental para corrigir uma fratura histórica e consolidar a democracia no país. O argumento da racialização é uma falácia que não resiste sequer a um exame superficial. Na v

Como Elio Gaspari mentiu e fez Dulce Maia virar Dilma Rousseff

por Dulce Maia , do Observatório da Imprensa , via Vermelho Houve um tempo em que mentira tinha pernas curtas. Agora, a internet faz exercícios diários de alongamento da mendacidade. Nos últimos meses, uma torrencial campanha caluniosa circula pela rede mundial de computadores tomando por base artigo do jornalista Elio Gaspari, publicado originalmente nos jornais Folha de S.Paulo e O Globo em suas edições de 12 de março de 2008. Quem tiver curiosidade de buscar na internet o número de vezes em que aparecem variantes da infame sentença “Agora a surpresa: adivinhem quem é Dulce Maia? Sim, ela mesma: Dilminha paz e amor! Esse é só mais um codinome da terrorista Estela/Dilma” – colada ao final do artigo de Gaspari – verá que estão hospedadas em mais de 500 páginas da rede (marca muito próxima à moda nazista de cunhar a verdade repetindo-se mil vezes uma mentira para torná-la veraz). Ao contrário do que afirmam, Dulce Maia existe e resiste. Quem é Dulce Maia? Sou eu.

Direita dos EUA: Futebol é coisa de preto e comunista

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Brizola Neto Para a Fox, é inconcebível um norte-americano ser negro e craque como Altidore A extrema direita norte-americana, com generosos espaços na mídia de lá, principalmente nos canais do senhor Murdoch, que anda tentando ditar regras nos meios de comunicação por aqui também, atacou o sucesso do futebol no país por ocasisão da Copa do Mundo, tachando-o de coisa de pobre, preto e socialista. Pode até parecer brincadeira que isso esteja sendo dito em pleno século 21, mas o conservadorismo de certos setores da sociedade norte-americana vai além de todos os limites que se possa imaginar. Na Fox News, comprometida com os republicanos, o megadireitista comentarista Glenn Beck aproveitou para comparar o futebol ao atual presidente dos EUA – “O restante do mundo gosta das políticas de Obama, mas nós não” – e destilou todos os seus preconceitos pela TV: “Não importa quantas celebridades o apoiam, quantos bares abrem mais cedo, quantos comerciais de cerveja eles veiculam