Hillary não é LULA e liberdade nos EUA é diferente de liberdade no Brasil


Jornalista da Folha comete gafe com Hillary e é vetado

Jornalista da Folha faz pergunta para Hillary e seguranças vetam seu acesso a pavilhão no Riocentro
DO RIO
A segurança da ONU vetou a presença do jornalista Fernando Rodrigues, da Folha, no pavilhão 5 do Riocentro, onde se realizam as sessões plenárias com chefes das delegações dos 193 países que participam da Rio+20.
Na parte da manhã desta sexta-feira (22), Rodrigues assistiu ao evento no qual a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, anunciou um programa de ajuda a países africanos na área de energia limpa.
Ao final, na saída da sala, o jornalista fez uma pergunta à chefe da diplomacia dos EUA a respeito da posição dos EUA sobre a crise política no Paraguai. Hillary respondeu brevemente, dizendo que estava acompanhando.
Nesse momento, seguranças dos EUA e da ONU empurraram o repórter e o impediram de fazer novas perguntas. Rodrigues então foi seguido até a sala ocupada pela Folha no pavilhão 3 do Riocentro. No local, os seguranças da ONU e dos EUA pediram novamente para ler e anotar os dados da credencial do repórter.
Às 13h30, quando estavam sendo distribuídos passes para a entrada de jornalistas na plenária da tarde, funcionários da ONU informaram que a presença de Rodrigues estava vetada naquele local.
De acordo com Robin Della Rocca, do departamento de Informação Pública da ONU e responsável pelo atendimento à imprensa na Rio+20, seguranças de Hillary informaram à ONU que, apesar de advertido, Rodrigues insistira em se aproximar da secretária e que, por isso, pediam que fosse vetado seu acesso ao Pavilhão 5, onde se reúnem os chefes de Estado. O pedido foi atendido pela ONU.
O consulado americano no Rio negou que a segurança da secretária Hillary Clinton tenha pedido que o acesso de Rodrigues ao Pavilháo 5 fosse vetado.
O diretor-executivo da Associação Nacional de Jornais, Ricardo Pedreira, disse que a entidade lamentava "atitude discriminatória contra o jornalista Fernando Rodrigues por estar exercendo a sua função de jornalista. Ainda mais vindo dos Estados Unidos, um país reconhecido por sua liberdade de imprensa".

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