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Mostrando postagens de dezembro, 2014

Excesso de tecnologia na medicina prolonga sofrimento e desumaniza morte, diz escritora

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Entrevista original publicada no site da  The Sun Magazine , revista mensal norte-americana que aborda questões de comportamento e bem-viver. Sam Mowe | The Sun Magazine | São Francisco Katy Butler, jornalista e ativista norte-americana, comenta como mortes dos pais a fizeram repensar atuação da medicina moderna no fim da vida: "perdemos a distinção entre salvar uma vida e prolongar uma morte" Jornalista acredita que medicalização da morte prejudica qualidade de vida de pessoas idosas ou portadores de doenças terminais Em 2001, o pai da jornalista Katy Butler sofreu um derrame, aos 79 anos. Um ano mais tarde, médicos e a família decidiram lhe implantar um marca-passo para manter seu coração funcionando, embora o aparelho não contribuísse com o tratamento de sua crescente demência. Em 2007, a mãe de Butler, exausta pelos cuidados com o marido e angustiada com seu sofrimento, pediu à filha que a ajudasse a desligar o marca-passo. Butler concordou e começou uma p

Nova Direita para quem?

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Leandro Dias* no Pragmatismo Político Tem sido recorrente na boca de alguns analistas políticos que há no Brasil o surgimento de uma “nova direita”, retrógrada, anti-democrática, ultra-conservadora e, no jargão pejorativo genérico, “fascista”. Afirmam alguns que ela seria um elemento surgido após as jornadas de junho de 2013, quando imensas manifestações tomaram o país e muitas, além da pauta extremamente difusa e incoerente, tiveram visível caráter conservador e até pediram a volta dos militares ao poder, como na ocorrida recentemente em São Paulo. Não deveria surpreender que descontentes com os caminhos da democracia recorram aos militares para “solucionar” seus problemas. Não devemos esquecer que, no Antigo Regime, as Forças Armadas eram, por excelência, a representação social da nobreza – já que os nobres eram, em sua maioria, também, militares. Portanto, numa república como a nossa, que jamais “realinhou” os seus antigos nobres com o pensamento constitucional democrático,

Cuba ainda tem algo a dizer ao Brasil

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Cuba só não virou pó graças ao planejamento, à organização social e à consciência política: a ilha ainda fala aos nossos dias e à realidade que nos constrange Saul Leblon no Carta Maior   Quem nunca entendeu porque Cuba ainda suscita tanta paixão e debate na política do século XXI está vivendo um novo espasmo de perplexidade.   O reatamento das relações diplomáticas entre Havana e Washington, anunciado na semana passada, dia 17/12, em pronunciamento casado de Obama, nos EUA, e Raúl Castro, em Cuba, tornou-se um dos assuntos mais importantes da agenda internacional, rivalizando com o derretimento do rublo e o mergulho nas cotações do petróleo.   Por que Cuba ainda magnetiza, a ponto de ostentar uma estatura geopolítica dezenas de vezes superior ao seu tamanho demográfico e territorial?   Digamos que não é comum que um país tenha seu nome imediatamente associado, em qualquer lugar do mundo, a sinônimo de audácia, soberania e

KOTSCHO APONTA “TABELINHA” ENTRE MÍDIA E JUDICIÁRIO

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BRASIL 247 "Já não dá para saber se é a mídia que pauta o Judiciário, ou vice-versa, na mesma data. Nem é preciso citar nomes, para não fulanizar a questão, tão descarada é a atuação de alguns dos líderes desta aliança, que se autonomeou defensora da ética, do bem e dos 'brasileiros decentes'", escreve o jornalista Ricardo Kotscho, em seu blog Em novo artigo em seu blog , o jornalista Ricardo Kotscho aponta a existência de "uma sólida aliança construída nos últimos tempos" entre a mídia familiar e "alguns representantes das mais altas instâncias do Judiciário a serviço do tucanato". Ele cita primeiramente o exemplo do chamado 'mensalão' e agora o do 'petrolão'. "Já não dá para saber se é a mídia que pauta o Judiciário, ou vice-versa, na mesma data. Nem é preciso citar nomes, para não fulanizar a questão, tão descarada é a atuação de alguns dos líderes desta aliança, que se autonomeou defensora da ética, do bem e dos

A história do prefeito que roubava

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Miguel do Rosário publicado no Tijolaço Coxinhas são engraçados. O PSDB é o campeão brasileiro de ficha-suja, segundo o TSE. A privataria tucana não apenas foi o maior escândalo de corrupção da nossa história. Foi entrega de soberania. Botaram até tanques de guerra na Praça XV, para poderem vender a Vale a preço vil. Agora temos um caso de um prefeito tucano, do município de Itaguaí, no Rio de Janeiro, que roubava como se não houvesse amanhã. Mesmo assim, para os coxinhas, a corrupção no Brasil é culpa apenas do PT. As acusações contra o prefeito de Itaguaí são de que a sua quadrilha desviava mais de R$ 30 milhões por mês, correspondente a 30% da arrecadação mensal da prefeitura. Comissão de 30%, só mesmo tucano. Você não vai ler nenhum editorial indignado quanto a isso. Nenhum coxinha vai fazer manifestação. Jabor não vai falar nada. Merval, caladinho. Ninguém na Jovem Pan vai comentar o caso. Gilmar Mendes também não parece interessado. Para não ser injusto, o caso merece apenas u

Porque os grupos de mídia atacam os blogs

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Luis Nassif Na edição de ontem, a Folha publicou um resumo dos gastos de publicidade das empresas públicas. Entre os mais de 5 mil veículos programados, o jornal estipulou uma curiosa subdivisão: as verbas dos grupos de mídia e as verbas dos blogs e jornais online independentes - classificados por ela como "aliados do governo". Na relação de mídia há rádios, sites de todos os tipos, revistas semanais e revistas especializadas. Por que a fixação nos blogs - e em revistas independentes, como a Carta Capital - que receberam parcelas ínfimas da publicidade pública? Essa implicância se explica por dois fenômenos centrais na crise dos grupos de mídia. O monopólio da audiência O primeiro deles é o fim do monopólio da audiência. Na era pré-Internet havia enormes barreiras de entrada a novos grupos de mídia. Na imprensa escrita nunca houve competição, pela necessidade de investimentos a se perder de vista; na televisiva e radiofônica, devido ao cartório das concessões. Com a diver