O que é ruim para o Brasil é bom para os americanos?

Tijolaço



Curiosíssima e reveladora a matéria publicada hoje pelo IG. Diz que os especialistas, os mesmos que consideravam “desastrosa” a fusão entre o Pão de Açúcar e o Carrefour, acham ótima a aquisição da rede francesa pelo americano Walmart.

““É uma concentração menor, que intensifica a rivalidade das empresas e favorece o consumidor”, diz o professor da USP Claudio Felisoni, presidente do Programa de Administração de Varejo (Provar/Ibevar). Para os clientes, melhor do que uma associação com o Walmart seria a aquisição por um novo competidor, o que elevaria a concorrência.”

Só rindo.

O trágico é que, de um lado, ficamos presos à uma discussão de o preço na gôndola vai baixar – e não vai baixar com concorrência simples, porque preço de supermercado é mix, é fluxo de caixa, é estoque, é jogo de promoções e conveniência, além de peso no setor  – e esquecemos que o fluxo da produção de bens de consumo não duráveis e da indústria de alimentos passa por este controle de mercado.

E, de outro, porque fomos incapazes de explicar à opinião pública que estava em jogo ali não uma simples benesse ao senhor Abilio Diniz e que a engenharia do negócio não o deixava de “dono do pedaço”.
Dificilmente o Brasil terá outra oportunidade comercial e cambial tão grande.

Servimos o Carrefour à francesa para os americanos.

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