As consultorias se surpreendendo com o previsível

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Queda em alimentação no IPC-S surpreende, diz Tendências | Valor Online

Queda em alimentação no IPC-S surpreende, diz Tendências
Arícia Martins | Valor

SÃO PAULO- O grupo alimentação reforçou sua trajetória de queda na segunda quadrissemana do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), movimento que não era esperado pela Tendências Consultoria, afirma o economista Bruno Brito. O indicador passou de deflação de 0,11% na primeira medição de julho para queda de 0,13% na atual. Brito havia previsto recuo de 0,01%.

“Durante esse período, é difícil prever como o grupo vai se comportar. Os preços de alimentos in natura ficam muito sujeitos a choques devido a fatores climáticos”, explica o analista, para quem o item alimentação já dava sinais de reversão em sua trajetória de queda nos resultados anteriores. Na segunda divulgação de julho, o grupo passou de retração de 0,77% para recuo de 0,94%. A contribuição mais forte veio dos itens hortaliças e legumes, que passaram de variação negativa de 2,89% para queda de 4,09%.

Outro item que ajudou no recuo do indicador geral mas que já estava na conta, diz Brito, foi vestuário, que desacelerou de 0,58% para 0,38% entre a primeira e a segunda prévia do mês. “Apesar de ter se atrasado em relação a outros anos, nessa época é comum ter desaceleração neste item, por causa das liquidações que precedem o período de troca de coleção”, explica.

Brito acredita, porém, que a trajetória de queda do IPC-S não se mantém. “O IPC-S deve ficar positivo, mas em um patamar próximo de zero, a não ser que o grupo transportes surpreenda, o que não é impossível”. O economista prevê que o álcool combustível não tenha aceleração muito forte, mas caso isso ocorra, o indicador geral pode ficar mais pressionado.

Na atual leitura, o grupo transportes passou de queda de 0,72% para recuo de 0,17%. A gasolina, por sua vez, registrou retração de 1,22%, contra variação negativa de 2,52% na primeira prévia de julho. Já o álcool combustível teve alta de 2,49%, frente deflação de 2,70% na medição anterior.
(Arícia Martins | Valor)

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