Toffoli, um ministro emparedado no STF
Brasil247
NA IMPRENSA, O JULGAMENTO DO MENSALÃO JÁ COMEÇOU. E O PRIMEIRO PASSO É LEVANTAR A SUSPEIÇÃO DO MINISTRO JOSÉ ANTÔNIO DIAS TOFFOLI; NO FIM DE SEMANA, FOI A VEJA; NESTA TERÇA, A FOLHA, QUE SUGERE A NECESSIDADE DO SEU IMPEDIMENTO
No fim de semana, a revista Veja o colocou sob suspeição, ao noticiar que sua ex-sócia Roberta Rangel defendeu três réus no processo: o ex-ministro José Dirceu e os ex-deputados Professor Luizinho e Paulo Rocha. Nesta terça-feira, é a Folha de S. Paulo quem destaca, na manchete da página A6, que “Ministro do STF atuou em ação de ex-cliente”. Ou seja, ele não teria ficado atento ao conflito de interesses, numa ação relacionada ao ex-deputado José Abelardo Camarinha. Num dos parágrafos, a Folha reforça a suspeição que tem em relação ao ministro: “Os dois casos reforçam as suspeitas sobre como Toffoli agirá na ação penal do mensalão: se alegará impedimento, como fez no processo de Lula, ou se não se sentirá suspeito, como fez em relação às ações contra Camarinha”.
Dos 11 ministros do Supremo, contam-se, na bolsa de apostas, como votos contrários aos mensaleiros os de Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes, Cesar Peluso, Marco Aurélio Mello. Mais brandos seriam Ricardo Lewandowski, Luiz Fux, Carmem Lúcia e Ayres Brito. Quatro a quatro. A novata Rosa Weber, que pediu o auxílio do linha-dura Sergio Moro, e o decano Celso de Mello, extremamente legalista, ainda são incógnitas. Nesse jogo, portanto, o voto (ou não) de Dias Toffoli pode ser decisivo.
E, contra ele, paira ainda outra ameaça. A de que a lobista Cristiane Araújo, com quem o ministro teria mantido um relacionamento especial, divulgue fitas sobre seus supostos encontros.
Dias Toffoli é hoje um ministro emparedado no STF, e que já vem sendo julgado, antes mesmo dos mensaleiros.
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