Pesquisa Ibope SP esquisita: 3 dias para fazer uma pesquisa?


Amigos do Presidente Lula

Veio mais uma pesquisa Ibope/Globo/Estadão, daquelas esquisitas. Primeiro nos números. Entre esta pesquisa e a última do Ibope, há duas semanas, Russomanno (PRB) subiu de 31% para 35%, o que vá lá.

José Serra (PSDB) caiu de 20% para 19%, o que também vá lá (apesar de ser mais provável ter havido uma queda maior).

O que não dá acreditar nem que a vaca tussa é que Haddad (PT) tenha caído 1 ponto, de 16% para 15%. Até Chalita teve números esquisitos, oscilando só de 5% para 6%.

Só o eleitorado cativo do PT, que ficou conhecendo Haddad nestas duas semanas, no mínimo elevaria alguns pontos. Neste meio tempo ainda houve o apoio ostensivo de Marta Suplicy, e a entrada de Dilma no horário eleitoral na TV.

Para piorar, o Ibope mostra uma rejeição de Serra de apenas 36%, o que destoa de todas as outras pesquisas que mostram o tucano acima de 40%. Assim, essa pesquisa deve ter sido feita dentro do palácio dos Bandeirantes.

E não são só estes números que são prá lá de esquisitos. Até o período em que a pesquisa foi a campo soa estranho. Diz o Ibope que levou três dias fazendo a pesquisa (dia 10,11 e 12), quando o normal é fazer em no máximo dois dias, até para ter mais precisão. Em três dias dá para fazer duas pesquisas. E o número de pessoas pesquisadas (1.001) foi pequeno para exigir 3 dias.

Além do mais, o próprio comportamento dos candidatos mostra que Haddad já deve estar a frente de Serra.

Pelo que vemos, a campanha de Haddad está bastante confiante, bem orientada pelas pesquisas qualitativas, com uma base de apoio bastante forte e unida, bem motivada, segue um caminho bastante seguro de onde quer chegar, a propaganda na TV não perdeu o equilíbrio, só fazendo mudanças suaves, para atingir diretamente mais eleitores, além dos jovens, e inserir algumas respostas às mentiras perpetradas pela campanha de baixarias tucanas.

Já a campanha de Serra está completamente sem rumo, com sinais de desespero, improvisando FHC, apelando para todo tipo de baixarias, atirando para tudo quanto é lado. Se ele estivesse na frente, seria mais comedido.

Ulisses Guimarães falava que a margem de erro era a margem de lucro dos institutos de pesquisas. Mas nem a margem de erro parece salvar essa pesquisa do Ibope.

Era preciso outro instituto que não fosse demotucano, como é o DataFolha e o Globope, para ter números confiáveis.

De qualquer forma, tanto faz os esses números, porque o que todo paulistano que quer Haddad na prefeitura tem que fazer é o que o próprio candidato e o presidente Lula estão fazendo: trabalhando como se ainda estivesse no primeiro dia de campanha, lá embaixo, para conquistar voto a voto, com uma mensagem política forte e consciente de quem quer fazer um governaço para tirar São Paulo da urucubaca demotucana, assim como Lula fez no governo federal a partir de 2002.

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