Lula recebe prêmio 'Em busca da paz', em Nova York
Amigos do Presidente Lula
Lula foi homenageado por ter “impulsionado seu país a uma nova era econômica e política”.
Javier Ciurlizza, diretor de programa para América Latina e Caribe do Crisis Group, diz que sem esperança não há paz, e que Lula colocou isso em prática. “Ele defendeu a Unasul, que criou um espaço para as nações conversarem, no lugar de lutar. Ele trabalhou no coração da resolução de conflitos. Ele entende de uma maneira profunda que só erradicando a fome e a exclusão social, dando nova esperança às pessoas, a paz e a segurança são sustentáveis”.
Entre os convidados do jantar de entrega do prêmio estavam o prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz, o megainvestidor e filantropo George Soros, e Mo Ibrahim, empreendedor sudanês que foi o pioneiro da “revolução dos celulares” na África.
Em seu discurso, Lula aproveitou para defender novamente o fim da fome no mundo:
“Combater a fome e a miséria, em escala global, é o passo mais importante que podemos dar no caminho para a paz. E depois do que conquistamos no Brasil, eu me recuso a duvidar da nossa capacidade de fazer um mundo melhor. Combatendo a fome e a miséria, promovendo o diálogo e o respeito entre os povos, podemos fazer do Século 21 a era da paz”.
O presidente de Mianmar, Thein Sein, também foi homenageado, por deflagar o processo de redemocratização de uma ditadura militar que já dura meio século.
Esta é a oitava edição do prêmio. Entre personalidades que já receberam a homenagem estão os presidentes dos EUA Bill Clinton e George W. Bush; os prêmios Nobel da Paz Martti Ahtisaari e Ellen Johnson Sirleaf, e o financista e filantropo George Soros.
Sábado, em Washington, Lula defendeu desenvolvimento da África como solução para a crise mundial

Na noite de sábado o presidente Lula participou em Washington do jantar de entrega da premiação anual da Africare, organização voltada para o desenvolvimento da África. a entrega de sua. Os homenageados da noite foram o presidente americano Barack Obama e o empreendedor africano das telecomunicações Mo Ibrahim (na foto). Em 2011, Lula foi o vencedor do prêmio de liderança (African Leadership Aeard) da entidade.
Lula disse que o desenvolvimento do continente africano, com mais infra-estrutura, distribuição de renda e inclusão social deve ser visto como uma das portas de saída para a crise mundial. Lembrou que atualmente cerca de um bilhão de pessoas vivem no continente, 300 milhões delas em situação de insegurança alimentar. Há mais uma década, o continente cresce a uma taxa média de 6% ao ano, o que atrai investidores do mundo todo. Mas mesmo assim o continente segue enfrentando antigos problemas. “Acredito que deve ser obrigação transferir tecnologia e valorizar a mão de obra local, contribuindo de todas as formas possíveis para o desenvolvimento dos países africanos”, defendeu o ex-presidente.
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