247 _ Só para contrariar, um grupo de galhofeiros do Rio de Janeiro está lançando a candidatura do jornalista Amaury Ribeiro Jr., autor do livro A Privataria Tucana, à cadeira 36 da Academia Brasileira de Letras. É exatamente a essa cadeira que, sem adversários formais, está inscrito como candidato único o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ao contrário do líder tucano, lançado pelo ex-presidente José Sarney sob a condição, imposta por FHC, de ser candidato único, Amaury não tem, ainda, nenhum imortal ao seu lado. Há, sim, um bloco carnavalesco e um grupo estimado em cem pessoas dispostas a acompanhá-lo, após o registro informal na ABL, a várias rodadas de chopp no bar Amarelinho, na Cinelândia, centro do Rio.
Quando questionado sobre qual a sensação de concorrer à vaga com o ex-presidente FHC, Amaury se mostrou entusiasmado: "É uma honra muito grande. Na verdade, quem está concorrendo é A privataria tucana porque o livro é que é imortal. É a marca que vai ficar para sempre do governo deles. Muita gente sofreu, se matou por causa da privatização. Eu fico muito admirado porque hoje não tem um promotor, juiz, delegado que não tenha um livro."
Ele conta que está preparando o livro A Privataria Tucana 2 e que compôs uma salsa cubana em homenagem ao jornalista Merval Pereira, autor do livro Mensalão. O jornalista e anti-candidato não quis adiantar os assuntos presentes no livro, mas deixou escapar que o primeiro capítulo aborda a lista de Furnas "uma verdadeira bomba atômica".
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