É quase impossível apontar com clareza o que é ou não é obra do arquiteto, que veio a Brasília ainda em 1956 pelas mãos do amigo: Juscelino Kubitschek. Oscar já chegou ao Planalto Central com nome reconhecido, com obras em outros estados e projetos realizados em outros países. Já tinha admiradores e críticos, que o acompanhariam pelo resto da sua vida.
Para uns, arquiteto sem alma, com excesso de concreto, desperdício de mármore e janelas de menos. Para outros, autor de uma visão privilegiada, e responsável por colocar a capital federal entre as cidades mais belas do mundo, ao lado de grandes concorrentes como Paris e Washington.
Ao lado de Lúcio Costa, Burle Max e Athos Bulcão, Niemeyer planejou a Catedral, com seus belos vitrais; o Palácio do Planalto, uma das mais belas sedes do executivo do mundo; o Congresso Nacional, e sua complexidade arquitetônica vista nas cúpulas da Câmara e Senado Federal; além do Supremo Tribunal Federal; palco de grandes decisões jurídicas.
Temos ainda a Praça dos Três Poderes, a Esplanada dos Ministérios, o Teatro Nacional, os Palácios da Alvorada e do Itamaraty, a Igrejinha Nossa Senhora de Fátima, a Igreja Dom Bosco, prédios das Asas Sul e Norte... a lista é mesmo interminável!
Alguns projetos saíram do papel há poucos anos como o Museu da República e a Torre de TV Digital. Outros ainda estavam previstos no croqui inicial, como a Praça da Soberania, que iria ser construída no gramado em frente à Rodoviária do Plano Piloto. Mas os vários metros quadrados de concreto e um obelisco triangular de 100 metros de altura geraram discórdia e uma comoção geral na cidade, enterrando um dos últimos projetos do arquiteto.
Unesco
A dedicação de Oscar Niemeyer não poderia resultar em menos: desde 1987, Brasília detém do título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Entre os locais tombados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, a capital do país é a que tem a maior área, são 112,25 km² no total.
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