A união faz a força


Saiu das mãos deste grupo de alguns milhares de cidadãos de um país habitado por 200 milhões de almas uma medida concreta que certamente mostrará aos grandes grupos políticos, ideológicos e, sobretudo, econômicos que pensam poder manipular a vontade do povo, que o Brasil está mudando. Agora, é com a Justiça e com a Polícia Federal.

Sim, claro, pode ser que tudo termine em pizza, que as instituições incumbidas de resguardar a democracia não tenham peito de ir até o fim. Todavia, a iniciativa do Movimento dos Sem Mídia mostrou que a sociedade civil não ficará sentada vendo grupos políticos e econômicos estuprarem a democracia.

Pensei muito no que escrever depois da boa notícia que recebemos. Queria acrescentar alguma coisa importante. Nem dormi direito, na última noite, pensando nisso. E o que encontrei de relevante foi terminar o que comecei quando tive a idéia de representar contra os institutos de pesquisa.

Em suma, caros leitores, penso que, mais uma vez, está sendo provado que qualquer cidadão pode fazer a diferença, porque, apesar dos elogios, não fiz nada extraordinário, nada que outro não poderia ter feito. Aliás, não fui eu que fiz, fomos nós, todos aqueles que vêm aqui dar audiência e, assim, fortalecer a idéia que fundamenta este blog.

Vejam que o que pesou para a Procuradoria Geral Eleitoral Federal não foi só uma petição bem fundamentada, mas os apoios dos leitores deste blog. Não adiantaria nada eu me “esgoelar” de escrever aqui se vocês não tivessem se manifestado, apoiado, comentado, difundido, enfim, participado. Ou seja: o Eduardo Guimarães não fez nada sozinho – todos fizemos juntos.

Acabo de voltar de uma sessão especial de cinema exibida para jornalistas – depois, até escreverei sobre esse documentário que assisti, que trata da volúpia da comunicação contemporânea, onde a sede por criar fatos jornalísticos leva a classe e as empresas de mídia a cometerem os maiores desatinos e as maiores irresponsabilidades. Agora, só quero ressaltar um fato veiculado naquela produção que todos devemos ter em mente.

A internet propiciou o surgimento de comunidades como a deste blog – e é disso que se trata o que acontece aqui. A internet leva pessoas que pensam da mesma forma a se aglutinarem nos espaços que lhes são amigáveis. No caso da política, essa situação é levada ao extremo devido à anomalia latino-americana de as empresas de mídia terem se transformado em apêndices de correntes político-ideológicas e partidárias.

Temos, pois, a impressão de que somos muitos, mas, no conjunto da sociedade, não somos mais do que uma gota no oceano. Por isso, a grande mídia pode se dar ao luxo de nos ignorar, ou melhor, pensa que pode se dar a esse luxo porque, apesar de sermos um grupo restrito de congêneres político-ideológicos, juntos somos mais fortes do que jamais seríamos individualmente.

A unificação do discurso e a independência de grupos políticos e econômicos transformam comunidades como a do blog Cidadania em um ente maior do que a individualidade permite. E, assim, em um caso como esse da representação do MSM à Procuradoria Geral Eleitoral Federal, ganhamos maior legitimidade.

Claro que o ideal seria se tivéssemos leitores de todas as correntes, de todos os pensamentos, de todas as ideologias. Mas, por obra e graça dos grandes meios de comunicação, os quais deveriam desempenhar esse papel plural de informar, a sociedade civil está sendo obrigada a se organizar em blocos para enfrentar impérios econômicos que tratam de sufocar as vozes dos que não se alinham com eles.

Assim sendo, agradeço de coração tantas boas palavras, mas não precisam me incensar ou me lançarem candidato a alguma coisa. Sou apenas um fio condutor de um sentimento de um setor crescente da sociedade que vai tomando consciência de que todos podem fazer a sua parte se se unirem como estamos fazendo aqui.

Claro que alguém tem que se dispor ao papel de “fio condutor”. E não é fácil. Primeiro, porque essa pessoa tem que entender que não conseguirá ganhar nada particularmente, porque as pessoas querem alguém que lidere de forma abnegada, não alguém que queira consolidar projetos pessoais e obter vantagens valendo-se de massas de manobra. Então, como eu, essa pessoa terá que reduzir seu trabalho remunerado e abdicar de convívio familiar, pelo menos.

Mas há uma recompensa: o respeito das pessoas. Isso, dinheiro nenhum paga. Só quero uma coisa, juro por Deus: no dia em que eu morrer, peço que alguém coloque o seguinte na minha lápide: “Aqui jaz alguém que fez a sua parte em prol de um país mais civilizado”

Sei que muitos não acreditarão nisso. É uma ambição pequena, dirão. Quem se empenharia tanto por tão pouco? Mas como, pouco?! Ser lembrado por ter sido capaz de fazer alguma coisa pela coletividade sem ganhar nada em troca, é pouco?! Eu não acho. Para mim, é tudo que alguém pode almejar.

Com o tempo, conforme os anos forem passando – e, neste blog, já estamos caminhando para o quinto ano – e eu continuar fazendo o que faço aqui sem que se saiba de qualquer benefício particular que tenha colhido, esta afirmação será provada.

No momento, contento-me em provar que, se permanecermos unidos, seremos fortes. E a recompensa de cada um se encerra nas palavras daqueles que disseram do prazer de se sentirem cidadãos, de terem contribuído para que a verdade e a justiça prevaleçam. Nunca o dito popular de que “A união faz a força” se mostrou tão verdadeiro.

Por todo o exposto é que lhes digo: nunca mais devemos nos dispersar.

Comentários

  1. e por falar nisso, nãe existe nenhuma pesquisa recente?

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  2. As pesquisas pré fabricadas já cumpriram seu papel. conseguiram que o lançamento da candidatura serra não ocorresse em clima de velório.

    Amanhã sai uma vox populi, vamos aguardar...

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