José Serra o autoritário

Imaginem se ele tivesse a oposição midiática que tem o Lula?

Última mensagem postada na madrugada de ontem por Serra no Twitter: "Dormir é questão de decidir. E decidi dormir mais "cedo" hoje. Às 8h, tenho debate na CBN". Eram mais de 3h....

Míriam Leitão deixou José Serra "irritado", como descreveu o G1, com uma pergunta sobre intervenção no Banco Central, pela manhã na rádio CBN. A reação do ex-governador começou com "Você acha isso, que o BC nunca erra? Tenha paciência". Prosseguiu com "Monta-se um grupo acima do bem e do mal e qualquer criticazinha já vem algum jornalista, já vem outro, ficam nervosinhos"."Você e o pessoal do sistema financeiro podem ficar absolutamente tranquilos". E mais, "Mas que bobagem, o que você está dizendo, vai me desculpar, é uma grande bobagem". E mais, "Ah, tenha paciência". Por fim, para o âncora Heródoto Barbero, com impaciência, chamou José Serra de nosso candidato, mas tentou presseguir a entrevista... "Vamos adiante?". E acabou a entrevista do nervosinho Serra.

Durante a entrevista, Serra se irritou com uma pergunta da colunista da amiga e eleitora Míriam Leitão. Ele disse que o Banco Central não é a Santa Sé, no sentido de que não é intocável. Além da irritação que mostrou com a pergunta, a Igreja Católica vive uma de suas piores crises, com denúncias de pedofilia no mundo todo. A seguir, o trecho da entrevista:

Míriam Leitão: A grande dúvida na economia é se o senhor vai respeitar a autonomia do Banco Central. O senador Sérgio Guerra já disse que o senhor mudaria a política cambial e monetária, depois tentou se explicar, mas ficou essa dúvida no ar. A dúvida também é por declarações suas feitas no passado e por declarações feitas agora também. A sensação que se tem é que, se por acaso o senhor for eleito, vai ser também o presidente do BC. Queria saber isso.

José Serra: É brincadeira (dizer) que eu, eleito presidente da República, vou ser presidente do BC. É preciso não me conhecer. Quem faz um rumor assim é (por) falta de assunto, desejo de criar outros problemas.

Míriam: O senhor respeitará a autonomia do BC?

José Serra: A questão dos juros, a questão do câmbio... Ninguém, em sã consciência, pode defender a posição de que, quando há condições para baixar a taxa de juros, o BC não baixa, (e que isso) está certo. Isso não significa infalibilidade. A questão do tripé famoso que veio do governo passado que, se não me engano, fui eu até que apelidei de tripé (câmbio flutuante, responsabilidade fiscal e meta de inflação) veio para ficar. Não baixar os juros num contexto em que não tinha inflação simplesmente foi um erro. As pessoas que conhecem melhor, mesmo dentro do mercado financeiro, sabem disso. Agora, se alguém se assusta porque eu acho que a taxa de juros deve cair quando a inflação está caindo, quando tem quase deflação, é porque tem uma posição muito surpreendente do ponto de vista dos interesses do Brasil. Por outro lado, a mesa da economia brasileira, que estava no chão, eu ajudei a erguer. Todo mundo que me conhece sabe que eu não vou virar a mesa coisa nenhuma.

Míriam: Mas a dúvida é exatamente esta. Quando o senhor fala que foi um erro do BC, se por acaso o senhor for presidente ...Para quem quiser ouvir, aqui o link

Isso mostra que o autoritarismo  que da oposição tenta  carimbar em Dilma na verdade se aplica ao candidato José Serra

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