Contra-ataque da Record

Postado no Blog do Eduardo Guimarães

Este domingo à noite promete. Depois de dois dias seguidos de ataques da Globo à Record sem revide desta, agora é anunciada uma reação. Será neste domingo, 16 de agosto, depois do programa “Domingo Espetacular”.

O fato de a Record ter recolhido as armas na sexta e no sábado abriu duas hipóteses: a da preparação de um contra-ataque de maior contundência ou a de um recuo tático. Parece que prevaleceu a primeira hipótese.

Segundo o anúncio do programa especial “Repórter Record” sobre os ataques da Globo, se de fato vier tudo o que está sendo anunciado, este domingo poderá se transformar num marco na história da comunicação no Brasil.

Um indício sobre o que vem por aí foi a locução da chamada para o "Repórter Record" dizendo que finalmente os herdeiros (até aqui sem nome) da Globo serão conhecidos do público, bem como seu estilo nababesco de vida.

O grande público nunca soube nada nem sobre Roberto Marinho, apesar de lhe saber o nome. Após sua morte, o nome de seus herdeiros tornou-se um tabu na mídia brasileira. Jornais, revistas, rádios, enfim, nenhum veículo atrelado ao Sistema Pig de Comunicação jamais publicou uma só mísera informação sobre eles.

Será uma pena se a Record não disser nada sobre as relações da Globo, da Veja, da Folha, da Época e do Estadão com FHC e José Serra, acima de todos os outros oposicionistas com os quais esses veículos mantêm relações. E acho que será decepção mesmo, porque a Record não terá peito de mexer com políticos. Ao menos por enquanto.

Todavia, pela primeira vez na história deste país o monstrengo Globo e Cia. será denunciado num grande meio de comunicação. Em que pese a baixa credibilidade de quem denuncia, acho que quem perderá mais nesse jogo será a emissora carioca e os outros veículos aos quais a Record fez menção (sem nominar) no anúncio de seu contra-ataque.

A Record pode ter credibilidade mais baixa entre a classe média alta, mas entre o povão não é bem assim, por mais que a Globo seja mais vista. Afinal, assisti-la não significa apoio a ela. Há muitas questões, como a maior acessibilidade global em todas as partes do país.

Um fato é inegável: pela primeira vez, milhões de pessoas receberão informações sobre a Globo e sobre alguns outros veículos de comunicação famosos que essas pessoas jamais receberam. Diante disso, acredito que o contingente dos que rejeitam tais veículos aumentará fortemente, porque diminuir é que não vai.

Por menos efeito que surtam as denúncias da Record a serem veiculadas no próximo domingo, não dá para alguém mentalmente sadio achar que ninguém será sensível a elas. O contingente ainda restrito dos que repudiam totalmente o PIG crescerá numa noite o que não cresceu em anos.

Com ou sem prejuízo de imagem à Record – e tenho certeza de que ela perdeu muito prestígio –, Globo e Cia. também perderão numa proporção inédita porque esses veículos jamais sofreram ataque dessa monta num veículo como a segunda maior tevê do país.

Por mais que não possa me permitir desacreditar nas denúncias contra a Universal –simplesmente por uma questão de coerência comigo mesmo –, devo reconhecer que a Record tem demonstrado uma coragem que cairia muito bem ao governo Lula e ao PT.



Escrito por Eduardo Guimarães

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