Reação de aluno ateu a bullying acaba com pai-nosso na escola
Paulo Lopes
![]() |
O estudante já vinha sendo intimidado |
Era um recado para ele. Na classe, todos sabiam que ele era ateu. A escola é a Santo Antônio do sistema de ensino estadual de Minas. Miraí é um cidade pequena. Tem cerca de 14 mil habitantes e fica a 300 km de Belo Horizonte.
Quando houve outra aula, Ciel disse para a professora que ela estava desrespeitando a Constituição que determina a laicidade do Estado. Lila afirmou não existir nenhuma lei que a impeça de rezar, o que ela faz havia 25 anos e que não ia parar, mesmo se ele levasse um juiz à sala de aula.
Na aula seguinte, Ciel chegou atrasado, quando a oração estava começando, e percebeu ele tinha sido incluído no pai-nosso. Aparentemente com a aquiescência da professora, alguns estudantes substituíram a frase “livrai-nos do mal” por “livrar-nos do Ciel”.
O rapaz gravou o bullying com o seu celular e o reproduziu em um vídeo no Youtube, onde expos a sua indignação (ver abaixo).
E só então, por causa da repercussão do vídeo, a direção da escola e a inspetoria passaram a cuidar do caso, mas para dar um jeitinho, de modo que a professora pudesse a continuar a rezar o pai-nosso sem a presença de Ciel.
Contudo, a Secretaria de Estado da Educação, ao ser procurada pela Folha de S.Paulo, informou que a professora Lila tinha sido orientada a parar de rezar. Não se tem a versão da professora porque ela não quis falar com a imprensa.
O estudante gravou um segundo vídeo para contar o desfecho do imbróglio e agradecer o apoio da Atea (Associação Brasileira dos Ateus e Agnósticos), de familiares e dos parentes.
Ao jornal, a mãe de Ciel comentou: “Até chorei quando vi o vídeo [o primeiro] dele. Meu filho sempre foi um aluno ético”.
Ela é espírita.
"Livrai-nos do Ciel, amém"
"O diretor disse que era só um probleminha"
Com informação da Folha e dos vídeos do Ciel.
Comentários
Postar um comentário