Como resolver problemas inexistentes com soluções reais

Nassif 

Com urgência, um manual: Como resolver problemas inexistentes com soluções reais.Publicado por Rogério Maestri

Há uma verdadeira assimetria entre a visão de uma ecologia e de outra, uma “ecologia humana”, se aceita em nome de um futuro totalmente incerto e duvidoso a morte de milhões de pessoas através de experimentalismos sociais, esta aceitação é paga como um tributo a um possível futuro. Porém, da mesma forma não se aceita a morte de parte da população de uma ou mais espécies de animais ou vegetais em nome de benefícios líquidos e totalmente previsíveis de obras de grande porte.

Se catalogarmos os atores que se envolvem nessas duas situações descritas, temos algo em comum nos dois grupos, os políticos que tentam experimentalismos sociais, e os ecologistas que impedem ou tentam impedir grandes obras: Ambos tem tanta convicção daquilo que apregoam que não há obstáculos morais entre eles e os objetivos finais.

Os grandes sonhos teóricos que tentaram revolucionavam o comportamento humano, sempre levou a grandes tragédias. Das dezenas de tragédias que me vem a mente não citarei nenhuma, pois isto tira o foco do assunto. Apesar de não citá-las posso dizer a sua característica principal e através desta deduzam por si só. Na ponta dessas propostas estão lideres de grandes idéias que, ou tem a capacidade de liderança, ou tem o poder. Num vislumbre de genialidade, estes identificam uma saída coletiva para todos ou país, a saída milagrosa que criará um homem novo. A saída é sempre vista de forma unilateral sem que se compreenda a complexidade de uma sociedade, esquecendo-se de alguns aspectos básicos de sobrevivência e levando a tragédias humanas. O problema é que estas idéias são frutos da “genialidade humana” e como tal são absorvidas pelos seus seguidores fazendo estes tudo para que os crentes permaneçam na direção do objetivo inicial, mesmo vendo que nada está dando certo.

Estes sonhos, são repetidos e jamais uma autocrítica correta é feita sobre os problemas que geraram este sonho fantástico. Não se critica a dinâmica e as falhas do processo, pois se acha como responsável da derrota não é a estrutura do sonho, mas as pessoas que não o souberam realizar, o mais interessante é que quanto mais absurdo e fantástico, maior será o prejuízo, e mesmo confirmado o erro, maior será o número de admiradores remanescentes.

Comparando estes sonhos fantasiosos com uma realidade física imediata, exemplo a construção de uma grande obra, teremos os mesmos sonhadores na nossa peça, porém com outro papel. Agora colocados em outra posição, contra algo que é real e com conseqüências físicas mesuráveis, formando uma barreira subjetiva para barrar o mensurável. O princípio da precaução é indevidamente usado, o ônus da prova troca de lado, ficando o executor com o ônus de provar que algo que não existe,e se suponha existir, possa ser prejudicado pelas ações físicas que venham a surgir, isto é feito a do a exaustão. Deve-se provar que algo que não se sabe da existência não será prejudicado. Exemplo, se pede que numa construção de uma barragem se preserve espécies que se supõe existir na área. Quais espécies? Não se sabe! Deve-se primeiro descobrir as espécies para depois preservá-las.

A assimetria citada desde o início está na não consideração dos benefícios em contraposição dos malefícios reais. Contrapõe-se um bônus real com ônus imaginários, superestimando o imaginário, pela facilidade com que se faz isto, e não considerando os bônus complementares que não podem ser quantificados a priori.

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