Afinal, alguém tem coragem de falar de Agnelli

Enquanto isso, em 2009, diretores da Petrobrás foram tratados como "xeiques" do petróleo pela imprensa nativa e a notícia "bombástica" foi replicada com "orgulho" pelos blogueiros marrons. E todo esse escândalo pelo fato do presidente da segunda maior petrolífera do mundo receber U$ 400 mil dólares por ano. Leia aqui

Tijolaço



Finalmente surgiu um colunista de economia que se dignou a tratar de um tema que parece tabu: quanto ganha o presidente da Vale. Guilherme Barros, do IG, confirma os dados divulgados ontem aqui e até mesmo a suposição que fiz sobre a remuneração de Roger Agnelli.

Diz a nota que publica o jornalista:

“Com a saída da presidência da Vale, Roger Agnelli terá uma perda substancial em seus rendimentos. Além de dois aviões Citation, um deles comprado recentemente, e de um helicóptero, o executivo deixará de receber R$ 16 milhões por ano, valor que compreende salários e bônus pagos pela mineradora.

Os outros oito principais executivos que compõem a diretoria da Vale ganham cerca de R$ 78 milhões por ano.

A sucessão de Agnelli será tratada em reunião do Conselho de Administração da companhia nesta quinta-feira.”

Divididos por 12 meses, Agnelli ganhou nada menos que R$ 1,3 milhão mensais.

Ainda bem que ainda tem gente na imprensa que acha, corretamente,  que uma companhia de capital aberto, com ações em poder do público, e que tem 51% de sua controladora – a Valepar – pertencentes a fundos de pensão mantidos por estatais não pode tratar isso como sigilo. Aliás, se a imprensa publica salário de jogador de futebol, onde nem há dinheiro público envolvido, porque não se pode saber quanto ganha o presidente de uma empresa que tem tamanha parcela das ações vinculadas ao poder público?

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