O jogo de completar de O Globo (por Maria Lima)

por Luiz Carlos Azenha

Outro dia um internauta me chamou a atenção para o jogo de completar de O Globo, publicado na capa da versão digital do jornal.

À manchete de “Serra atrasa divulgação de programa de governo”, alguém do jornal carioca acrescentou: “Candidato, que não assina nada sem ler, quer dar uma última olhada”.

Agora, foi a vez da repórter Maria Lima brincar de completar, na seguinte nota:
Dilma desqualifica denúncias de Indio e Serra

Maria Lima, O Globo

Durante uma rápida passagem por Uberlândia, no Triângulo Mineiro, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse que ninguém no mundo vai obrigá-la a discutir de igual para igual com seu adversário, o tucano José Serra, e seu candidato a vice, o deputado Indio da Costa (DEM), que acusou o PT de ligações com as Farc.

Com um tom um pouco acima da resposta na véspera, a petista foi nesta terça-feira mais direta nos ataques a Serra, que não desautorizou as declarações de Indio, e reafimou a existência de ligações do PT com o grupo terrorista colombiano.

- Jamais imaginei que, diante da adversidade, meu adversário recorresse a certas atitudes que considero que não honram uma campanha eleitoral num país como o Brasil. Acho que o Brasil exige de nós qualidade nesse debate eleitoral, exige apresentação de propostas e debate de alto nível – reagiu Dilma, ao lado do presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra e do candidato ao Senado, Fernando Pimentel.

A candidata disse ainda que o povo brasileiro não merece discutir esse tipo de denúncia:

- Da minha parte, quero dizer que não descerei a esse nível, não haverá ninguém capaz de me fazer descer a esse nível. Portanto, não concordo em continuar esse tipo de polêmica. Não são as questões que o povo brasileiro merece escutar, ouvir, discutir e ter seus candidatos apresentando para ele. É em respeito ao povo que acho inadmissível isso – disse Dilma, negando-se a responder concretamente sobre eventuais ligações de seu partido com o grupo guerrilheiro colombiano ligado ao narcotráfico e ao sequestro de milhares de cidadãos, inclusive estrangeiros.