Os fundamentalistas da UNIBAN

As atitudes irracionais de universitários da UNIBAN  não se constitui um fato isolado de agressão coletiva, o que aconteceu naquela Universidade retrata fielmente a metamorfose pela qual está passando a juventude brasileira.

Estamos vivendo um retrocesso ético e intelectual, onde tribos ou grupos dominantes procuram impor seus dogmas à toda coletividade. São os pitboys que exibem o contraste entre mentes atrofiadas e músculos anabolizados, que se impõem pela força e intimidação.

Temos os emos, patricinhas, punks, neonazistas, chicleteiros, funkeiros, nerds, etc. Ainda aparecem os evangélicos, que quando recém convertidos são insuportáveis.

Uma diversidade grande de conduta e identidade visual mas que trazem em seus princípios básicos várias semelhanças que até poderiam ser resumidos em uma única cartilha que atendesse a todos os grupos.

O que predomina é um pensamento individualista onde parecer bem sucedido financeiramente é uma obrigação. A sociedade cultua os carros novos e grifes. Dessa maneira, Igrejas prometem paraísos terrestres com muita fortuna e prosperidade. Pagodeiros e outros ídolos do esporte exibem suas toneladas de ouro para reafirmarem seu sucesso, e entre os mortais é uma obrigação imitá-los.

Esse desejo e necessidade de status leva as pessoas a enxergar inimigos em todos semelhantes. São adversários que precisam ser combatidos e eliminados, afinal não há espaço para tantos bem sucedidos financeiramente no mundo. A partir deste ponto, atitudes coletivas conservadoras e segregacionais ganham forma e é justamente para este ponto que todos os grupos, tribos, igrejas, convergem. O "se dar bem a qualquer custo", apresenta-se como um pensamento predominate entre os jovens.

Junto a este desprezo pelo semelhante, idéias de pena de morte, redução de maioridade penal e práticas homofóbicas ganham cada vez mais simpatizantes e se refletem no grande nível de corrupção em todas as instâncias da sociedade. O se dar bem a qualquer custo ignora o quanto a coletividade é obrigada a pagar.

Fico imaginando se no lugar da moça com uma mini-saia estive nos corredores da faculdade um travesti.

Abaixo, o vídeo mostrando a barbárie.


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