O coice de Sardemberg

O carinhoso cumprimento de Sardenberg aos telespectadores, radiouvintes e leitores de suas colunas
Sonia Montenegro, no Assaz Atroz

Tenho o hábito de escrever para jornalistas e políticos, para demonstrar a minha indignação diante de determinados fatos. Aproveito para postar aqui uma troca de e-mails com o comentarista político da Globo, Globonews e da rádio CBN, Carlos Alberto Sardenberg, que para mim foi uma confissão da parcialidade da imprensa brasileira.

No caso, particularmente das Organizações Globo, mas como sabemos, a chamada "grande" imprensa brasileira tem lado sim, e com certeza, não é o lado do Brasil e nem dos brasileiros.

Uma natural abordagem de radiouvinte-telespectadora-leitora a um apresentador de programa e articulista político


Senhor Sardenberg,

O texto não é meu, achei na internet, mas parece fazer sentido. O que o sr. acha?

"A grande imprensa brasileira deve explicações sobre sua atuação nessa crise político-institucional em Honduras. Escandaliza sua evidente preocupação de reproduzir os argumentos dos golpistas hondurenhos, o que explica a facilidade de acesso de uma Globo a sítios em Tegucigalpa que poucos meios de comunicação estão tendo.

É imperativo que se investigue os contatos dos grandes meios de comunicação brasileiros com o regime golpista de Honduras e uma eventual aliança desses meios com aquele regime, o que o tom quinta-coluna do noticiário deles sugere com cada vez maior contundência que pode estar acontecendo"[ http://edu.guim.blog.uol.com.br/] .

A resposta do Sardenberg:

"Alguma coisa entre a cretinice e estupidez – ou ideologia esquerdista, que é a mesma coisa. "

Minha réplica:

Engraçado, minha mãe, que bem me educou, sempre me disse que a agressividade é a arma de quem não tem argumentos. Mais grave no caso de um jornalista, que ataca gratuitamete uma leitora que lhe pede um esclarecimento.

A postura de um jornalista, deveria ser da maior isenção possível e principalmente de respeito por todas as opiniões, ainda que não concorde com elas. Com essa resposta, o sr. mostrou o que de fato é: anti-democrático, preconceituoso, sem falar do flagrante desrespeito aos seus ouvintes/espectadores/leitores.

A atual crise mundial serviu para mostrar que o neoliberalismo é uma política injusta, em que os lucros são divididos entre poucos, e o prejuízo pago por muitos. Essa foi uma lição aprendida pelos jornalistas que merecem o título que possuem.

Se ser de esquerda é amar o seu país, ser contra o entreguismo reinante na "grande" imprensa brasileira e valorizar as políticas que beneficiam aqueles que sempre foram espoliados por uma elite egoísta que pauta os veículos de comunicação como os que o sr. subservientemente incorpora, eu me orgulho de ser de esquerda e fico muito feliz por estarmos em lados diferentes.

Sonia Montenegro, colaboradora desta nossa Agência Assaz Atroz, é uma das mais lúcidas articulistas que podemos encontrar na blogosfera política.

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