Moralistas’ do Jornal da Gazeta defendem vereadores cassados



 



Quem tem algum resquício de massa cinzenta pulsando dentro do crânio – e um mínimo de senso de Justiça – certamente sentiu engulhos ao assistir o Jornal da Gazeta de segunda-feira. 

Mesmo aquele telejornal sendo famoso pelo partidarismo, conseguiu me surpreender durante os comentários que a âncora Maria Lydia Flandoli e o comentarista político Mauro Chaves (Estadão) fizeram da cassação dos mandatos de 13 vereadores da base de apoio de Gilberto Kassab na Câmara Municipal de São Paulo.
Os vereadores paulistanos foram cassados porque receberam doação ilegal da Associação Imobiliária Brasileira (AIB).

O que me escandalizou foi Maria Lýdia e Chaves, pasmem!, defenderem os cassados, minimizando o crime eleitoral deles. Justo esses dois, que tanto moralismo têm vertido na questão de Sarney por acusações como a de ele ter conseguido um emprego para o namorado da neta no Senado. 

Ficaram lá, aqueles dois caras-de-pau, desmanchando-se de dó dos vereadores, dizendo que a pena teria sido “desproporcional” e insinuando que a Justiça Eleitoral deveria, isso sim, ter ido para cima de Lula e de Dilma Rousseff por “usarem a máquina do Estado para se promoverem eleitoralmente”. 

Fui entender por que tanta preocupação com a vereança malandra do PSDB e do PFL ao acessar o R7, único grande portal de internet que não escondeu que Kassab também corre o risco de perder o mandato por também ter recebido dinheiro da AIB, ainda mais em um momento no qual até governadores de Estado estão sofrendo essa pena. 

A preocupação com o mandato de Kassab é tanta que os dois pseudo jornalistas de José Serra nem ousaram tirar uma casquinha de Marta Suplicy, o boneco de Judas da mídia, pois ela também recebeu dinheiro daquela associação e pode ficar inelegível. 

Para os dois fantoches do tucanismo pefelento abrirem mão de atacar Marta também contribuiu o fato de Geraldo Alckmin, a grande aposta da direita paulista para manter o governo do Estado de São Paulo nas mãos do PSDB e do PFL,  também ter recebido doação ilegal da AIB.

Tomara que a Justiça Eleitoral faça como fez com os governadores recentemente cassados e retome o mandato de Kassab  e torne Alckmin e Marta inelegíveis. Mesmo que as doações da AIB tivessem ficado dentro da lei, já seria um escândalo esses políticos receberem dinheiro de uma entidade que tantos interesses deve ter a defender numa cidade como São Paulo.

A penalização desses políticos graúdos é vital para que todos os outros comecem a levar a sério as leis que regulam as doações eleitorais. E que reflitam que não podem receber dinheiro de quem tanto podem ajudar quando se elegem.

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