Gilmar Mendes manda STF parar processo contra Demóstenes

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Liminar do ministro Gilmar Mendes suspende ação disciplinar contra o ex-senador no CNMP
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes concedeu ontem liminar que suspende o andamento do processo administrativo disciplinar (PAD) contra Demóstenes Torres no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Estava marcado para a próxima segunda-feira (6) o julgamento final do processo, que avalia denúncias de envolvimento do senador cassado em 2012 no caso Cachoeira. Caso o CNMP decida punir o ex-senador, ele pode ser aposentado compulsoriamente do cargo de procurador de Justiça no Ministério Público do Estado (MP-GO).

Gilmar Mendes, em sua decisão, acata o pedido de liminar da defesa de Demóstenes de suspender o PAD até que o STF julgue no mérito o mandado de segurança, que pede a suspensão definitiva do procedimento sob a justificativa de que Demóstenes poderia ser punido em duplicidade, pois já sofreu punição no Senado.

Em julho, o ministro Gilmar Mendes, já havia concedido uma outra liminar favorável a Demóstenes, revogando o afastamento cautelar imposto pelo CNMP e abrindo caminho para que ele retornasse às funções de procurador de Justiça. Ele só se manteve fora do MP por decisão do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), em ação penal. A reportagem não conseguiu ouvir o CNMP pois teve acesso aos documentos após as 21 horas. Demóstenes está afastado do MP-GO desde outubro de 2012. Ele continua recebendo salário, de cerca de R$ 26 mil, e benefícios. Quando era senador, Demóstenes mantinha estreita relação com o ministro Gilmar Mendes.




Irmão de ex-ministro era "mula" de Youssef (AE) 04 de outubro de 2014 (sábado) O doleiro Alberto Youssef, alvo principal da Operação Lava Jato, usava o irmão de um ex-ministro, um agente da Polícia Federal e um condenado da Justiça por crimes financeiros e citado no mensalão para transportar os valores em espécie dentro de malas, maletas e no próprio corpo para agilizar e dissuadir a lavagem de dinheiro e manter um "eficiente" sistema de "delivery do caixa 2".

É o que afirmam o Ministério Público Federal e a Polícia Federal ao descrever o papel dos "mulas" da lavanderia criada por Youssef. Eles utilizavam voos comerciais, jatos particulares e carros blindados para transportar recursos que a organização criminosa denunciada movimentou entre 2009 e 2014, em associação com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

"Youssef é líder de uma organização criminosa especializada em operações à margem do sistema financeiro nacional formada por subordinados diretos, parceiros de confiança, "laranjas" e "mulas" que carregam os numerários", afirmam investigadores em uma ação penal em que o doleiro é réu, na Justiça Federal do Paraná.

São descritos quatro "mulas", como são apelidados os carregadores de dinheiro: Adarico Negromonte Filho (irmão do ex-ministro Mário Negromonte), Rafael Ângulo Lopez (condenado na Operação Curaçao e investigado no mensalão), Jayme Alves de Oliveira Filho (agente da PF lotado no Rio de Janeiro) e Carlos Rocha (doleiro ligado a outro grupo alvo da Lava Jato). "Esses valores em espécie eram transportados em voos domésticos, ocultados no corpo ou em alguma valise ou, ainda, valendo-se de veículos blindados", diz a ação.

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