“O pouso lunar da Petrobras”




Enquanto parte de nosso colunismo econômico detona, todos os dias, a Petrobras, lá fora o cenário não é este.

Kenneth Rapoza, colunista da Forbes sobre os Brics publicou um artigo comparando a atuação da Petrobras no nosso pré-sal à chegada à Lua pelos americanos.

“Entre 1959 e 1969, o orçamento do governo dos EUA para o programa espacial foi de 225 bilhões de dólares ( valores de 2007) e o de seu “xodó”, o programa Apollo, US$ 136 bilhões. Andar na Lua foi a superação dos Estados Unidos sobre os cosmonautas russos. Foi uma prova de que se tornou conhecido como excepcionalismo americano. Alguns países têm. Outros, não. O Brasil tem.”

Rapoza, que não se perca pelo nome, diz que a Petrobras ter encontrado jazidas no pré-sal que podem acumular até 40 bilhões de barris de petróleo foi o “pouso lunar” do Brasil. Diz que os investimentos no mundo em exploração de petróleo serão de US$ 3 bilhões, um terço deles no Brasil. E compara os US$ 225 bi do plano de investimentos da petroleira brasileira ao que a NASA gastou em 10 anos na missão Apollo.
No artigo, ouve-se um analista do setor, Pedro Cordeiro, da Bain & Company:

“O Brasil é o que a Noruega foi há 34 anos, pouco antes das descobertas do Mar do Norte. Antes disso, a maior exportação da Noruega foi o bacalhau. Agora, eles produzem cerca de 2,2 milhões de barris de petróleo por dia. O Brasil vai produzir cerca de 2,5 milhões de barris por dia. A tecnologia da Noruega de petróleo em águas profundas gerou tanto know-how que eles exportam mais disso agora do que de petróleo.

Eles construíram a sua indústria de petróleo a partir do zero e são hoje um dos centros de petróleo do mundo. “Os preços do petróleo bruto tipo Brent são baseados principalmente no petróleo norueguês. “É onde o Rio é o líder. Vai se tornar uma nova Houston. ”

Então, enquanto os nossos analistas aqui ficam discutindo os se três centavos da redução da Cide na gasolina são ou não um inaceitável subsídio estatal à Petrobras, lá longe, o pessoal que sabe ganhar dinheiro a longo prazo, enxerga coisas diferentes:

“A descoberta de petróleo da Petrobras vai fazer tanto para o Brasil, economicamente, como a missão Apollo fez para a ciência americana. Poços de petróleo da Petrobras no Atlântico não são um negócio temporário como a Copa do Mundo, que será no Brasil em 2014, ou até mesmo os Jogos Olímpicos de Verão de 2016. Este é permamente, são notícias de longo prazo boas para o Brasil”.


Fernando Brito

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