Anistia confirma que Freixo viajou para dar palestras já marcadas

Nassif

Freixo deixou o país para dar palestras que já estavam marcadas

RIO - O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ) - que afirmou ter deixado o Rio de Janeiro, com apoio da Anistia Internacional, por causa de ameaças - omitiu que sua saída do país já estava programada por outro motivo. Ele foi convidado a dar palestras sobre a atuação das milícias no estado. A informação do convite foi confirmada na quinta-feira pela Anistia Internacional, que patrocina e divulga as palestras.

Em entrevista à GloboNews, em Londres, o representante da organização, Tim Cahill, afirmou que as palestras já estavam programadas e que foram antecipadas num acordo entre a Anistia Internacional e o parlamentar.


Em nota, a organização informou que convidou o deputado Marcelo Freixo como parte de uma campanha de combate a grupos criminosos, mas não confirmou que o convite teria sido motivado pelas ameaças ao parlamentar, embora a nota registre a existência delas.

O deputado Marcelo Freixo - pré-candidato a prefeito do Rio pelo PSOL - disse, também m nota, que aceitou o convite da Anistia Internacional como uma forma de se afastar do Rio de Janeiro e do país, num momento no qual se tornou mais crítica a questão da sua segurança. O parlamentar afirmou ainda que espera que, neste período de afastamento, sejam tomadas providências para reforçar o seu esquema de segurança.
De acordo com o deputado, apenas no último mês, sete denúncias sobre planos para matá-lo foram recebidas por autoridades.

A primeira notícia de que o parlamentar sairia do Brasil foi publicada pelo GLOBO, na segunda-feira passada. No dia 1 de novembro, Marcelo Freixo deixou o país acompanhado da família, alegando falta de providências das autoridades de segurança estaduais em relação às ameaças de morte recebidas por ele. Na ocasião, o parlamentar não mencionou que participaria de palestras na Europa agendadas previamente.

A Secretaria de Segurança chegou a divulgar uma nota oficial, informando que todas as providências teriam sido tomadas em relação às denúncias, mas que se tratava de medidas sigilosas, porque envolviam a segurança de pessoas. As ameaças a Freixo começaram em 2008, quando o parlamentar presidiu a CPI das Milícias na Alerj.

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