Defenda o aumento da gasolina, D. Miriam

Tijolaço



Escrevi um texto, agora, para o Projeto Nacional, depois de ter ouvido a colunista Miriam Leitão vociferar contra a redução da Cide sobre os combustíveis, dizendo que o Governo está “favorecendo” a Petrobras.
Como assim, “favorecendo”? Então uma empresa escora no peito o preço do combustível, importa com mais prejuízo para garantir o abastecimento e um pequeno alívio na sua carga fiscal é chamado de favorecimento?

Nas contas da própria Miriam, cada litro de gasolina importada sai ( quer dizer, já saía, auntes da subida do dólar) 30 centavos mais caro para a Petrobras comprar do que o preço que ela vende para as distribuidoras. A mudança na Cide não foi para “favorecer” a Petrobras, mas para permitir que a empresa importe mais gasolina, porque o etanol não aparece.

E não aparece porque, com as dificuldades da safra, quando começou a moagem, a prioridade foi o açúcar para exportação, que começou o ano em queda – menos 600 mil toneladas de janeiro a maio (quando começa a safra)deste ano, em reação a 2010 – e de junho para cá já tirou a diferença com 630 mil toneladas a mais que no ano passado, segundo os dados oficiais, públicos.

Quer entender a razão, meu amigo e minha amiga? Olhe o gráfico do preço internacional do açúcar e veja.
Se a D. Miriam acha que o preço da gasolina deveria subir, é uma opinião. Mas que diga isso e pare com esta conversinha fiada de “temos de evitar a inflação a qualquer custo”.

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