População do Rio agradece a Lula apoio do governo federal

Um momento de emoção e lágrimas marcou a cerimônia em homenagem ao presidente Lula no Rio de Janeiro nesta segunda-feira (20/12), intitulada “Obrigado, Presidente Lula, o Povo do Rio de Janeiro Agradece”, realizada no Sambódromo. Ao ser recebido com centenas de lenços brancos, sendo ovacionado pelos público presente, Lula chorou e disse: “Não são vocês, eu é que tenho que dizer ‘muito obrigado, povo do Rio de Janeiro, pelo carinho e pela confiança".

Em uma alusão ao comentário do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, Lula brincou que “os caras mesmos, são os caras do Rio”. Afirmou, ainda, que sai do governo feliz e com a certeza de que a parceria estabelecida com o governo e prefeitura do Rio de Janeiro deve servir de exemplo para os demais estados brasileiros.

Lula se emocionou em vários momentos da solenidade, como quando ouviu mensagens de moradores de comunidades carentes, entre eles Nilcéia, do Morro do Adeus. Ela agradeceu ao presidente a sensibilidade que teve para com os moradores da localidade, que antes “era um lixo e virou um luxo”, garantindo o direito à moradia e a “sonhar com um mundo melhor”.

O presidente recomendou a todos que nunca desistam de seus sonhos e propósitos, como ele fez durante toda a vida, mostrando que uma pessoa desconhecida podia chegar à Presidência da República, depois de muito esforço e perseverança.

LUla se referiu ao governador Sérgio Cabral e ao vice-governador do estado, Luiz Fernando Pezão, como os homens que mais mas gostam e que melhor sabem “arrancar dinheiro do governo federal” porque sempre chegam com projetos bem elaborados e consistentes.

“Quem ganha com isso é o povo do Rio de Janeiro. Aqui nunca houve briga, pois quando a mediocridade leva dois políticos a discutir, quem perde é o povo.”

Lula foi enfático ao dizer que não há mais espaço para o País “conviver com a mediocridade política e com aqueles que só pensam no próprio umbigo e não no bem do povo”. Daqui para frente, disse Lula, não há mais possibilidade de retrocesso, pois o povo aprendeu a exigir seus direitos, a não mais abaixar a cabeça e se sentir inferiorizado.

O presidente lembrou, ainda, que, pela primeira vez na história, um presidente esteve tão perto do povo, conheceu a fundo os problemas, e que é exatamente por isso que seu governo é tão bem avaliado pela maioria da população. Um dos momentos em que mas foi aplaudido foi quando disse que mesmo se juntasse dez presidentes ele duvida que subiram aos morros a quantidade de vezes que ele e o governador Sérgio Cabral subiram no Rio de Janeiro.

Brincou com o governador fluminense, a quem fez um ultimato: que o convidasse, após deixar o governo, para tomar um banho de mar em Copacabana, sentar em um quiosque, “ tomar uma caipirinha, uma cerveja, sem medo da imprensa”, e dar um mergulho.

O presidente prometeu estar presente ao carnaval de 2011 no Rio, quando vai mostrar o que nunca pode durante os dois mandatos como presidente da República: que sabe sambar. Lula garantiu a Sergio Cabral e a Eduardo Paes que, “se depender da companheira Dilma [Rousseff], o Rio vai continuar recebendo o carinho do governo federal”.

Na ocasião, Lula recebeu o Diploma Cristo Redentor e o título de Benemérito do estado do Rio de Janeiro, pela contribuição do governo federal àquele estado. O Diploma Cristo Redentor foi instituído pela Assembleia Legislativa do estado do Rio de Janeiro com o objetivo de premiar, anualmente, personalidades que notoriamente hajam prestado meritória e destacada contribuição ao desenvolvimento do turismo no estado.

A homenagem foi aberta ao público e contou com a presença de autoridades e dos cantores Zeca Pagodinho e Martinho da Vila, que fizeram um show em homenagem a Lula. Parlamentares de todos os partidos prestigiaram o evento. Os artistas não cobraram cachê, informou a assessoria.

Um vídeo institucional mostrou que houve recuperação do estado do Rio, após um período de estagnação econômica. “O trabalho conjunto [com o governo fluminense] fez o Rio de Janeiro renascer”, destacou a mensagem. A consequência foi a redução das desigualdades e melhores oportunidades para todos.