O ANTI-JUIZ

Leandro Fortes

Essas pessoas que idolatram Joaquim Barbosa, essas pessoas horríveis que veem nesta triste figura uma chance de se vingar do mundo que odeiam, da vidinha medíocre que levam, essas pessoas vivem um paradoxo vulgar.

São, em sua maioria, analfabetos políticos e recalcados sociais que sonham com o porrete de um sádico como única forma de remissão. Vivem nesse espectro político onde convivem, em um inferno particular, o ódio de classe, o egoísmo social, a intolerância ideológica e o racismo.

E justamente aí reside esse paradoxo essencialmente moral: Barbosa, indicado para o STF por ser negro, homem de origem pobre, vítima de todo tipo de preconceito, deveria representar exatamente o contrário de tudo que nele veem os que dele fazem um guru dessa seita de loucos e reacionários.



Ao mandar prender os réus da AP 470 em 15 de novembro, Dia da Proclamação da República, e, agora, mandar reencarcerar José Genoíno em 1º de Maio, Dia do Trabalhador, Joaquim Barbosa não trabalha apenas para favorecer a oposição e alimentar os abutres da mídia que se alimentam de suas idiossincrasias pré-agendadas.

Ao se colocar como um instrumento de ódio e vingança política, com todos os prejuízos previsíveis para o processo civilizatório brasileiro, Barbosa pode até agradar à sua abominável claque de infelizes, mas ao custo de apequenar o STF, a Justiça e, claro, a si mesmo.

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