Ataques pessoais, mentiras e até aborto. Não, não estamos falando das eleições municipais brasileiras, mas da corrida eleitoral pela presidência dos Estados Unidos. Obama é acusado de ter amigos como Chávez e Fidel; Romney, de não cumprir promessas. Assista e comprove
Rodolfo Borges _247, de Miami - Se no Brasil uma campanha eleitoral não se faz apenas de propostas (e pode passar semanas longe delas), nos Estados Unidos a situação não é tão diferente assim. Parte do trabalho de Barack Obama e Mitt Romney na disputa pela presidência está na tentativa de desqualificar o adversário, como as propagadas de tevê da reta final das campanhas deixam bem claro.
A campanha de Romney, por exemplo, ligou, no fim da semana passada, Obama a Hugo Chávez, Fidel Castro e Che Guevara, numa mensagem transmitida em espanhol, especialmente para o público latino. "Quem apóia Barack Obama?", pergunta a locutora antes de surgir uma imagem de Chávez declarando voto no democrata. Assista:
Os republicanos também destacam promessas que Obama não conseguiu cumprir durante os últimos quatro anos. “Ele prometeu mudar Washington, agora diz que isso não pode ser feito”, expõe a legenda em propaganda trasmitida neste domnigo.
Em outra mensagem, Romney critica os motivos alegados por Obama para pedir votos. “Vocês viram o que o presidente Obama disse hoje? Ele disse para vocês votarem por vingança. Peço ao povo americano para votar por amor ao pais”, diz o republicano. “Qual é a razão do seu voto?”, completa a propaganda. Assista:
O aborto também apareceu na eleição americana, mas sem a mesma amplitude e num tom oposto ao da campanha presidencial brasileira de 2010. Em busca do voto feminino na Flória, a equipe de Obama disparou mensagens para mulheres destacando a oposição de Romney ao aborto e criticando as propostas republicanas que podem enfraquecer o controle de natalidade no país.
A campanha democrata também trabalhou para desconstruir aquele que é apresentado como o maior trunfo de Romney, seu passado como empreendedor e administrador. "Mitt Romney concorreu a governador de Massachusetts prometem mais empregos, diminuir a dívida e encolher o governo. Quando ele deixou o governo, a dívida do estado tinha aumentado, o tamanho do estado tinha crescido e Massachusetts tinha caído na criação de empregos", diz o vídeo:
Os democratas também trabalharam em mais de um vídeo para expor mentiras contadas por Romney para afetar o adversário, particularmente sobre a migração de empregos da Chrysler para a China. Aproveite para se consolar e, se possível, recuperar-se da ressaca moral deixada pelas últimas eleições brasileiras:
Marcelo Zorzanelli no Diário do Centro do Mundo A cantora Anitta, do hit “Show das Poderosas”, fez uma brincadeira com seus fãs durante um show na cidade de Guarapari, litoral do ES. Depois que um rapaz jogou uma lata de cerveja no palco, Anitta improvisou uma série de piadas, como se fosse uma comediante stand up (nem todas as piadas foram boas mas, vá lá). Foi tudo registrado em vídeo, inclusive as gargalhadas do público e o recado dela no fim: “Não vai falar depois no instagram que eu sou estrela, hein! Que eu tou brincando. Olha o senso de humor!” Essa passagem está no vídeo que o ator Paulo Gustavo colocou em seu canal de Youtube. Mas se você assistir a uma versão editada, de 23 segundos, acabará achando que Anitta desrespeitou o fã e o ofendeu covardemente. Anitta havia acabado de conversar e promover a peça de Paulo Gustavo no palco e, naquele clima, resolveu improvisar um personagem de pavio curto assim que viu a lata de cerveja ser atirada. Disse exatame o que segue
Paulo Moreira Leite Num momento em que a oposição faz o possível para transformar a economia no ponto central da campanha presidencial, convém prestar atenção no que dizem os pensadores que integram o círculo mais influente de Marina Silva, a não-candidata que modificou o quadro da disputa quando aderiu ao PSB de Eduardo Campos. Há opiniões surpreendentes e até constrangedoras pelo conteúdo antipopular e pelo caráter elitista. Apontado como o mais influente conselheiro econômico de Marina Silva, autorizado inclusive a dar entrevistas nessa condição, Eduardo Gianetti da Fonseca elaborou uma formula muito peculiar para executar o programa de desenvolvimento com sustentabilidade, talvez a meta mais associada a líder da Rede. Lembrando que o gado brasileiro responde por emissão de gases que geram grande quantidade de C02, Gianetti afirma que, para evitar novos desastres ambientais, preocupação central de Marina Silva, “o preço da carne vai ter de ser muito caro, o leite t
Leonardo Mendes no DCM Escrevo outra vez ao querido amigo ignorante político, que vibrou essa semana com a capa da Istoé como há tempos não vibrava, talvez desde que a Veja guinou à esquerda, como afirma o colunista demitido Rodrigo Constantino. Escrevo porque me parece uma ótima oportunidade de esclarecer um ponto que sei que o amigo tem muita dificuldade em compreender: que a parcialidade é o menor dos problemas da mídia golpista. Sei que me acusas de ser parcial, de ser bancado pelo governo, por pão e mortadela, e que acreditas que essa parcialidade que encontras nos “blogs sujos” seja uma espécie de salvo conduto para coisas como a capa da Istoé dessa semana, como se os “blogs sujos” fossem uma espécie de outro lado da moeda. “Coisa” porque me faltam palavras para descrever aquela capa, e só de pensar em descrevê-la sinto por empatia o ódio profundo que a pariu. Prefiro evitar. Mas veja então que o problema não é nem nunca foi a parcialidade, e sim o monopólio da informação
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