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Mostrando postagens de janeiro, 2016

O mundo irreal criado pelas manchetes

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Luis Nassif - Jornal GGN O oportunismo dos jornais de abrir espaço a qualquer asneira acabou com o mínimo de racionalidade nas discussões políticas e econômicas. Há duas tendências se firmando na economia. A primeira, a constatação do refluxo das tentativas de impeachment. O grande trunfo de Dilma Rousseff é uma oposição extraordinariamente medíocre, que se move disputando espaço nas manchetes da mídia. *** De repente, há espaço para a radicalização, e lá se vão os Fernando Henrique Cardoso, Aécio Neves, José Serra, Carlos Sampaio, Mendonça Filho com a disposição dos jovens carbonários, disputando quem range mais os dentes. Aí Marina Silva percebe que o contraponto é acenar com o bom senso. E acena. De repente, o impeachment reflui. Toca então esse brilho fugaz de nome Carlos Sampaio a entrar com o pedido de extinção do PT. Só isso! E FHC é ouvido para contrapor que a vitória deve ser nas urnas, não no tapetão. E a multidão de áulicos olha reverencialmente para esse cons

Enquanto Obama chora, Brasil vê risco de retrocesso no desarmamento

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Alceu Castilho no Outras Palavras País vai na contramão dos Estados Unidos e discute revisão do porte de armas, 12 anos após lei que salvou 160 mil vidas; grande imprensa aceita agenda da direita Por Alceu Luís Castilho ( @alceucastilho ) Apontar apenas hipocrisia no choro de Barack Obama, por causa da saliência bélica dos Estados Unidos, talvez não explique toda a dimensão do fenômeno: a liderança mais influente do mundo às lágrimas ao anunciar plano que restringe as armas de fogo em seu país. Pode ser que, daqui a uma geração, o gesto abra o caminho para um presidente americano que, de fato, mereça o Prêmio Nobel da Paz. Vejo problema maior em nossa própria hipocrisia. O rosto de Obama ocupa nesta quarta-feira a capa dos principais jornais brasileiros. E que sinalização o Brasil está fazendo hoje, em relação ao desarmamento? Do ponto de vista externo, somos o quarto maior exportador de armas. Internamente, corremos o risco de um retrocesso histórico, patrocinado p

A sujeira do Réveillon nos EUA, a de Copacabana e nosso eterno complexo de vira-latas

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Ivan Longo no Portal Forum Nas redes sociais, uma montagem comparando uma praia de Miami à de Copacabana após a festa de Ano Novo sugere o quanto norte-americanos seriam “civilizados” e brasileiros não, por conta da sujeira. O meme, no entanto, não diz que a foto estadunidense retrata uma praia particular fora da época de Réveillon Por Ivan Longo Vem circulando pelas redes sociais, desde o último dia 1º, uma montagem comparando a quantidade de lixo deixado em uma praia de Miami (EUA) e na praia de Copacabana (RJ) após a festa de Ano Novo. O intuito da postagem, que foi compartilhada por centenas de internautas, era o de depreciar o brasileiro diante do cidadão estadunidense, conforme sugeriu o próprio autor da montagem na legenda. “A primeira foto abaixo é Copacabana no dia 1º de 2016. A segunda foto abaixo é de Miami no 1º dia de 2016. Acho que este país merece o governo que tem… Porcos! Lamentável! Complexo de vira-lata? Não! É a realidade”, escreveu. Foto: