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Mostrando postagens de março, 2015

NADA É COINCIDÊNCIA

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JANDIRA FEGHALI no BRASIL 247 Não é à toa que, cada vez mais, surgem indícios de contribuição financeira e ideológica de grupos ultraconservadores internacionais por trás dos protestos "espontâneos" contra o Governo Federal Sem que muita gente saiba, parte do ovo da serpente de 1964 começava a ser fecundado bem antes do dia 31 de março. Dois anos antes, como uma estratégia bem tramada, entidades de pensamento ultraliberal eram inundadas de dinheiro estrangeiro com o objetivo de atacar ideologias de Esquerda e defensores do campo progressista. Uma parte da História que nos remete ao momento atual. Quase ninguém se recorda do americano Ivan Hasslocher, que comandava o misterioso Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD), entidade que tinha o objetivo de financiar – e comandar – candidatos brasileiros que defendiam os interesses dos Estados Unidos. Sem sutileza alguma, a entidade chegou a financiar mais de 600 candidatos à época, desembolsando mais de &

Votar redução da maioridade penal transformaria o Congresso em circo

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Eduardo Guimarães Mais do que impossibilidade jurídico-constitucional, a intenção alardeada por certos partidos de colocarem em tramitação na Câmara Proposta de Emenda Constitucional (PEC) com o fim de reduzir para 16 anos a idade de responsabilização penal não passa de farsa, de espetáculo cujo objetivo é muito diverso do alardeado. Por que o Congresso pende para a redução da maioridade penal Para entendermos o que está acontecendo, voltemos a recente pesquisa Datafolha que deu conta de queda ainda maior da popularidade (avaliações bom e ótimo) do governo Dilma Rousseff, agora em 13%. Essa mesma pesquisa mostrou que a imagem do Congresso é ainda pior, com aprovação de 9%. É nesse contexto que se insere a tendência da maioria da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados de colocar para tramitar, de uma hora para outra, um texto que está em debate naquela Casa há 23 anos e que jamais prosperou pela pura e simples razão de que é inconstitucional.

Londres, a Meca dos corruptos

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GEORGE MONBIOT- Tradução de Vila Vudu Como o sistema financeiro internacional converteu capital britânica no centro global de reciclagem para riqueza de políticos inescrupulosos, ditadores e crime organizado À frente, a famosa Torre de Londres. Ao fundo, a reluzente porém obscura “City”, núcléo da rede internacional de “centros financeiros offshore” A conta não fecha. Quase todos os dias, jornais e televisões inglesas estão repletos de histórias que cheiram a corrupção. Contudo, no ranking de corrupção da ONG “Transparência Internacional”, a Grã-Bretanha ocupa o 14º lugar entre 177 nações (1) – significando que estaria entre as nações mais bem geridas da Terra. Ou os 13 países que vêm antes da Grã-Bretanha são espetacularmente corruptos, ou há algo errado com esse ranking da “Transparência Internacional”. Sim, o problema é o índice. As definições de “corrupção” de que se serve são as mais estreitas e seletivas. Nos países ricos, práticas comuns que sem dúvida pode

A CONEXÃO ENTRE O VEMPRARUA E A STRATFOR, A "CIA DO B"

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Fernando Brito no Tijolaço "Em fevereiro de 2012 – muito antes que nascesse o 'Vem pra Rua' – o nome de Rogério Chequer apareceu na lista de e-mails da empresa de 'inteligência global' Statfor, conhecida como 'the Shadow CIA'", diz Fernando Brito, editor do Tijolaço; recentemente, a Stratfor esteve acusada de envolvimento em tentativas de golpes de estado em vários países O que fazia o líder do “Vem pra Rua” na lista da Stratfor, que o Wikileaks vazou em 2012? Em fevereiro de 2012 – muito antes que nascesse o “Vem pra Rua” – o nome de Rogério Chequer apareceu na lista de e-mails da empresa de “inteligência global” Statfor, conhecida como “the Shadow CIA”. A lista foi hackeada dos computadores da empresa e divulgada peloWikileaks e, é claro, sua autenticidade nunca foi confirmada. O arquivo do Wikileaks onde consta seu nome pode ser baixado do site do Wikileaks aqui. Chequer, que até então não teria nenhuma razão para ser envolvido em as

Rodrigues e os álibis para fugir da notícia

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Luis Nassif O jornalismo e a política são terrenos favoráveis ao exercício da hipocrisia. Mas Fernando Rodrigues extrapolou na audiência na CPI do HSBC. Indagado sobre o motivo de ter sentado em cima da notícia - segurou por seis meses as informações da lista -, fez um ar falsamente indignado, impostou a voz, e acusou a COAF e a Receita de lentidão na apuração do material que ele zelosamente selecionou para sua análise - os 300 e poucos nomes entre os 8 mil, separados de acordo com critérios nebulosos. Ou seja, selecionou nomes, sabe-se lá por quais critérios, remeteu ao COAF e à Receita - cujos processos de investigação são necessariamente mais lentos do que o jornalístico - e sentou no material por seis meses. Que nomes ele enviou para a Receita e para o COAF? Quais os critérios que adotou? Nas últimas semanas, os nomes divulgados revelaram os critérios: não se pejou em divulgar nomes de artistas conhecidos como se fossem suspeitos. E fez jus à fama de "listeiro"

Saiba como empresas pressionam empregados contra Dilma, Lula e o PT

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Eduardo Guimarães Figuras jurídicas como assédio moral ou sexual foram criadas visando proteger a parte das relações trabalhistas que, salvo raras exceções, se vê em forte desvantagem. O empregador pode prejudicar o empregado de incontáveis formas e sob seu exclusivo critério, por razões absolutamente subjetivas. Não é só a demissão que ameaça um funcionário do qual o empregador não goste por razões não profissionais. Um empregado que se tornar antipático aos olhos do patrão pode ser prejudicado nas promoções de cargo, em aumentos de salário, nas tarefas que lhe forem determinadas. O empregador pode manter um empregado em sua empresa por ele ser útil em uma determinada tarefa, mas prejudicando-o de formas sutis, porém muito efetivas. Todo empregado sabe disso e, dessa forma, tenta, sempre, ser simpático àquele que pode decidir sua vida através dos instrumentos supracitados. No post anterior , o Blog relatou um caso absolutamente inaceitável. Unidade da rede de academias Smart Fit perg

“A CRISE NA FILA DO BANCO, NOS BOTEQUINS, NOS JORNAIS, NO STF...”

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Por Paulo Moreira Leite, no 247 Uma visita à raiva e ao pessimismo das últimas semanas, que não pode esconder o legado vitorioso dos doze anos de governo Lula-Dilma Na fila do banco, uma senhora mais velha do que eu pergunta se está chovendo lá fora. Respondo que sim e apontado para umas vitrines próximas, pergunto: "A senhora vai fazer compras?" — Não, ela diz, olhando a tela do celular. Vou me sentar e olhar minhas mensagens no Whatsap. Já chegaram mais de cem hoje de manhã.Todo mundo quer derrubar o governo, ela diz. –Eu não quero, comento. –Não quer? –Eu não. –Você quer que a corrupção continue? É a favor da roubalheira?, me diz, como se tivesse ouvido uma apologia ao crime. — Me diga só uma coisa que esse governo fez de bom. Só uma, continua. –Melhorou a vida dos pobres, respondo. — Quem fez isso foi a mulher do presidente Fernando Henrique, argumenta a senhora. Ela começou tudo, até fez os estudos que permitiram tudo isso. O Lula só conti

Quem é Rogério Chequer, a celebridade do “Vem pra Rua” no Roda Viva

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Fernando Brito no Tijolaço Assisti a “entrevista” do “líder” do Vem pra Rua” no Roda Viva, aliás um festival de “levantadas de bola” para a nova celebridade. Para dizer, entre outras pérolas que foi Lula que inventou esta história de “pobres contra ricos” e “empregados contra patrões” no Brasil, o que daria para ganhar um troféu de ignorância histórica e cara de pau política. O vídeo está na internet . Como eu sou um cara curioso, fui descobrir coisas que seus intrépidos entrevistadores da TV Cultura e das páginas amarelas da Veja não cuidaram de saber. Aliás, como não cuidaram quando, em 2013, apresentaram um dublê da Globo como líder dos coxinhas. Por exemplo, que Chequer vivia, até poucos anos atrás, nos Estados Unidos. E desde 2004, pelo menos, porque é o endereço de 101 Summer Street, Stamford, Connecticut que dá à Junta Comercial de São Paulo na abertura da empresa Frida Participações, em 2004. E que lá era sócio de uma empresa chamada “Atlas Capital Manegement

Quem é Fernando Holiday, o negro que odeia negros adotado por um movimento golpista

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Marcos Sacramento no DCM O que leva um garoto negro a gritar diante das câmeras contra a implantação de cotas raciais nas universidades e em concursos públicos? Fiquei com a dúvida após ver o vídeo de um tal Fernando Holiday, no qual ele critica a ação de militantes negros durante uma aula da USP. “Nós negros e pobres podemos sim vencer na vida através do mérito, não precisamos ficar como vermes, como verdadeiras parasitas atrás do estado, querendo corroer cada vez mais e mais, com esse discurso de merda, com esse discurso lixo. Vocês fazem dos negros verdadeiros porcos no chiqueiro, que ficam fuçando a lama através do resto que o estado tem a nos oferecer. Pobres da periferia, negros da periferia, não se submetam a esse discurso”, vocifera. Senti um certo mal estar durante os pouco mais de cinco minutos de discurso, em que ele agiu como o pior dos racistas ao comparar negros com vermes. Se chamar de macaco é execrável, desumaniza o ofendido, o que dizer de vermes, seres de

Um (novo) dia na vida do Perfeito Idiota Brasileiro

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Paulo Nogueira no DCM Algum tempo atrás escrevi sobre o PIB. O Perfeito Idiota Brasileiro. Ele ia para o trabalho ouvindo a CBN e antes de dormir via o Jornal da Globo. Nos intervalos, lia Merval, Reinaldo Azevedo e Villa. Tinha por ídolo Joaquim Barbosa. E agora, nestes trepidantes dias de 2015, o que faz o nosso PIB? Bem, as leituras se ampliaram, dada a oferta de colunistas dedicados a pessoas como ele. Agora, pela manhã, a caminho do serviço, ele alterna a CBN com a Jovem Pan. Gosta de ouvir Sheherazade. Que sua mulher jamais saiba, mas às vezes tem sonhos eróticos com Sheherazade. Aquela voz, aqueles cabelos. Será que ela faria um daqueles comentários durante o sexo? … Na Jovem Pan o PIB também aprecia os comentários de Marco Antônio Villa. Um cabeça. Numa entrevista com Haddad, Villa massacrou-o. Provou que o futuro pertence aos carros, e não às bicicletas. Londres, Paris, Nova York, Copenhague, Amsterdã, todas elas estão na contramão da história. Investem em ciclovias. “Vil

A elite conservadora que dirige na contramão do mundo

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Mariana Serafini no Vermelho O juiz Luiz Fernando Rodriguez Guerra, da 5ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo, determinou a suspensão da construção das ciclovias permanentes na capital paulista. O magistrado acatou a argumentação do Ministério Público estadual de que a prefeitura não apresentou projetos básicos para a execução do projeto e nem fez audiências públicas sobre a implementação da ciclovia.  Manifestação em Higienópolis contra a implantação das ciclovias Desde o início da implantação o projeto vem sofrendo golpes de um grupo conservador da elite paulistana. Moradores do bairro Higienópolis, região abastada da cidade, chegaram a queimar pneus e fazer “barricadas” nas vias onde as ciclovias foram implementadas. Por diversas vezes “ameaçaram” de abrir ações no Ministério Público para “denunciar” o “caráter da obra”. As ciclovias são uma tendência mundial, capitais do mundo inteiro buscam uma alternativa modal não poluente para desafogar o trânsito e devo

GERAÇÃO SEM CAUSA VIRA FANTOCHE DA OLIGARQUIA

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Caio Calazans Dizem que 1968 foi o ano que não terminou. Símbolo da geração de nossos pais, que gritou, lutou, protestou contra a guerra, a ditadura, a censura, a opressão, a desigualdade e a exclusão social. Ditadura militar ferrenha no Brasil, guerra fria e conflito no Vietnã comendo solto no estrangeiro. Estudantes se juntavam a trabalhadores, sindicatos, organizações sociais e iam para a rua, enfrentavam a censura, as metrancas e cassetetes em um tempo em que o autoritarismo metia tiro na cabeça. Sem conversa, sem contemporização. Nosso Brasilzão sempre foi ditatorial, seja quando colônia, seja no império, na República Velha, Estado Novo e ditadura militar. Mesmo no breve período entre o Estado Novo e o militarismo, havia forte censura, extinção de partidos e repressão a movimentos populares. Quarenta e sete anos depois, o Brasil vive sua “Nova República”, praticamente a primeira vez na história em que temos uma democracia com voto popular respeitado, sem censura oficial,

Nota em resposta a Liminar que pede paralisação nas obras cicloviárias da capital paulista

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Do site Bike é Legal Com mais de 230 Km já implantados, dos 400 Km prometidos pelo Prefeito Fernando Haddad até o fim desse ano, mais uma Ação Judicial busca inviabilizar o Projeto que tenta trazer a São Paulo um malha segura para os milhares de ciclistas que ocupam as ruas da capital. Obra da Ciclovia da Av. Paulistas Depois da Liminar de Segurança expedida para a retirada da Ciclovia Madre Cabrini, posteriormente revogada em segunda instância, o Ministério Público entrou com o pedido de paralisação imediata de “todas as atividades, serviços e obras referentes à construção do sistema cicloviário de São Paulo”, até a realização dos "estudos técnicos necessários". Os pedidos da promotoria devem ser ainda aprovados pela 5ª Vara da Fazenda Pública. Uma outra medida solicitada pela Promotoria pede que a prefeitura “recomponha a pavimentação” nas obras que ainda não estejam terminadas, como é o caso da Av. Paulista, também com multa diária de R$ 100 mil, o prazo de