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Mostrando postagens de março, 2013

Como se calcula a data da Páscoa?

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BBC Brasil J. Duran Machfee/Futura Press Vitrine do Shopping Light, no Centro de São Paulo (SP), apresenta decoração de Páscoa de forma descontraída Quando os ovos de chocolate vão finalmente chegar ao supermercado à espera da Páscoa? Diferentemente do Natal e de outras festas religiosas, a Páscoa muda de data a cada ano e ocorre entre 22 de março e 25 de abril. E a escolha dos dias foi definida após muita controvérsia. A Páscoa cristã tem relação com Páscoa judaica (o Pesach). Segundo a tradição cristã, a festa marca o dia da ressurreição de Cristo, em um domingo. Para a tradição judaica, marca a fuga dos judeus do Egito, liderados por Moisés. Mas por que elas não são celebradas do mesmo dia?   Raízes judaicas Lutz Doering, professor da Universidade de Durham, no Reino Unido, diz que há registros de que, até o século 2, muitos cristãos celebravam a festa no dia 14 de Nisan do calendário judaico, mesma data do Pesach. Doering explica que alguns grupos passaram a cel

Política de cotas criou oportunidades inimagináveis

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Pela porta da frente Cida de Oliveira Apoiada por 62% dos brasileiros, a política de cotas ampliou sete vezes a presença dos alunos pobres nas universidades e, portanto, a sua oportunidade de fazer parte de um país mais escolarizado Primeira da família na universidade, Vanessa nasceu e cresceu na periferia pobre de Taubaté. Sempre estudou em escola pública e até o ensino médio acreditava que toda faculdade era paga (Foto: Paulo Pepe/RBA) Poder voltar à escola e ter mais chances de conseguir um trabalho longe da rotina extenuante do canavial. Esse era o maior desejo de Agenor Custódio, que entre os 12 e 18 anos cortava cana em Mato Grosso do Sul. O que jamais imaginou esse brasileiro nascido numa comunidade indígena da etnia Terena, em Aquidauana, era que, aos 39 anos, se formaria em Imagem e Som pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Tampouco que viria a ter possibilidades de passar pela seleção do programa de mestrado na mesma instituição, qualificando-se a

VIOLÊNCIA CONTRA HOMOSSEXUAIS

Drauzio Varella A homossexualidade é uma ilha cercada de ignorância por todos os lados. Nesse sentido, não existe aspecto do comportamento humano que se lhe compare. Não há descrição de civilização alguma, de qualquer época, que não faça referência à existência de mulheres e homens homossexuais. Apesar dessa constatação, ainda hoje esse tipo de comportamento é chamado de antinatural. Os que assim o julgam partem do princípio de que a natureza (ou Deus) criou órgãos sexuais para que os seres humanos procriassem; portanto, qualquer relacionamento que não envolva pênis e vagina vai contra ela (ou Ele). Se partirmos de princípio tão frágil, como justificar a prática de sexo anal entre heterossexuais? E o sexo oral? E o beijo na boca? Deus não teria criado a boca para comer e a língua para articular palavras? Se a homossexualidade fosse apenas perversão humana, não seria encontrada em outros animais. Desde o início do século 20, no entanto, ela tem sido descrita em grande varied

O DIA DA GRANDE MENTIRA FAZ 49 ANOS

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Náufrago da Utopia "Morte vela, sentinela sou do corpo desse meu irmão  que já se foi. Revejo nesta hora  tudo que aprendi,  memória não morrerá! Longe, longe ouço essa voz que o tempo não vai levar!" ( Sentinela , Milton Nascimento) N este 1º de abril, qando se completarem 49 anos da pior mentira já enfiada na goela dos brasileiros --a quebra da normalidade institucional, mergulhando o País nas trevas e barbárie durante duas décadas--, é oportuno lembrarmos o que realmente foi a nada branda ditadura de 1964/85, ainda louvada por seus carrascos impunes, reverenciada por suas repulsivas viúvas e defendida pelos   cuervos   que o totalitarismo criou.  Como frisou a bela canção de Milton Nascimento e Fernando Brant, cabe a nós, sobreviventes do pesadelo, o papel de  sentinelas  do corpo e do sacrifício dos nossos irmãos que já se foram, assegurando-nos de que a  memória não morra  – mas, pelo contrário, sirva de vacina contra novos surt

FIÚZA: SE DILMA VAI BEM, O POVO "ENCHERGA" MAL

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BRASIL 247 O colunista Guilherme Fiúza, da revista Época e do jornal O Globo, parece não se conformar com a avaliação positiva da presidente Dilma, que é a maior já alcançada no Brasil; o jeito, segundo Fiúza, deve ser trocar de povo; ele diz ainda que "o Brasil merece isso tudo" 247 -  Dilma vai muito bem. Sua aprovação, a um ano e meio das eleições presidenciais, supera não apenas FHC, como o próprio Lula, que parecia imbatível em matéria de popularidade. De acordo com as pesquisas mais recentes, ela teria 56% dos votos, mas seu potencial chega a mais de 75%, o que torna dificílima a tarefa de seus adversários. Como explicar tudo isso? O povo "encherga" mal, diz Guilherme Fiúza, de Época e do Globo, fazendo troça das redações do Enem. O jeito, então, deve ser trocar de povo. Leia abaixo a coluna de Fiúza na Época deste fim de semana. Aprovação a Dilma mostra que o Brasil "encherga" bem - GUILHERME FIUZA Moradias do programa Minha Casa

Dilma enfrenta a pátria rentista: mídia uiva

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Saul Leblon Uma dia de estupefação e revolta no circuito formado pelos professores banqueiros, os consultores e a mídia que os vocaliza. Na reunião dos Brics, na África do Sul, nesta 4ª feira, a presidenta Dilma afirmou que não elevará a ração dos juros reivindicada pelos batalhões rentistas, a pretexto de combater a inflação.  A reação instantânea das sirenes evidencia a cepa de origem a unir o conjunto à afinada ciranda de interesses que arrasta US$ 600 trilhões em derivativos pelo planeta.  Equivale a dez voltas seguidas no PIB da Terra.  Trinta e cinco vezes o movimento das bolsas mundiais.  Os anéis soturnos desse garrote reúnem – e exercem – um poder de extorsão planetária, capaz de paralisar governos e asfixiar nações.  Gente que prefere blindar automóveis a investir em infraestrutura. O Brasil tem a maior frota de carros blindados do mundo.  E uns R$ 500 bi estocados em fundos de curto prazo; fora o saldo em paraísos fiscais. Carros blindados, dinheiro parado, paraísos fis

Sobre a morte de Clô

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PAULO NOGUEIRA O suicídio nos choca, mas os filósofos viam nele uma boa “porta de saída” para situações desesperadoras. O salto pode ter sido libertador O suicídio nos choca. Montaigne o definiu como “a mais bela das mortes”, e o número de grandes filósofos que se mataram é elevado, mas ficamos perplexos diante do suicídio. No caso de Clô Orozco, não foi diferente. Irradiou-se na mídia social uma corrente de dor e espanto diante do aparente suicídio de uma das mais marcantes estilistas na história da moda brasileira. Sêneca foi quem melhor defendeu o suicídio como uma escolha à nossa mão. O homem, ponderou ele, é o único animal que tem esta “porta de saída”. A vida deixou de valer a pena? A porta está ali. Ele próprio se matou, embora não por vontade própria. Foi condenado por seu ex-aluno, Nero. Sêneca cortou os pulsos e, enquanto morria, consolou os amigos arrasados e a mulher. Ele repetiu, assim, o gesto de Sócrates, registrado num livro pelo seu discípulo tão b

Prejuízo da Petrobrás: a grande mentira

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Escrito por Emanuel Cancella* A Petrobrás é uma empresa estatal. Uma das diferenças entre uma empresa privada e uma estatal é o seu compromisso não apenas com o lucro, mas com um projeto de desenvolvimento nacional. Por isso é preciso desconfiar quando se alardeia que “a Petrobrás teve prejuízo em 2012”, o que é uma grande mentira. Como nada acontece por acaso, não demorou a serem plantadas justificativas para a privatização, como “saída inevitável para a crise”. O fato é que as aves de rapina não descansam. Estão sempre prontas a dar o bote. Vamos colocar os pingos nos is: a  Petrobrás lucrou em 2012 R$21,1 bilhões . Isso depois de produzir, refinar, comercializar, transportar e garantir o abastecimento de derivados de petróleo em todo o país. Aliás, essa é a sua função constitucional. A título de comparação, entre as empresas brasileiras, a Petrobrás continuou na liderança. Depois dela veio o Banco Itaú, que lucrou R$ 13,59 bi. Mas os bancos se utilizam de várias brechas

As crianças têm que ser protegidas da cafajestice do CQC

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PAULO NOGUEIRA A gangue pseudocômica faz um garoto mentir, enganar e torturar psicologicamente José Genoíno. Professor de cafajestice Alguns meses atrás, a gangue do  CQC já descera à lama ao abordar José Genoíno de maneira cafajeste logo depois do trauma de uma absurda decisão da justiça que decretou prisão para ele. Agora, a gangue conseguiu descer ainda mais. Ao longo de um interminável, odioso filme de sete minutos os pseudo-humoristas submeteram Genoíno sessão de violência que degrada não quem a sofreu, mas quem a fez – os mentecaptos sorridentes liderados por Marcelo Tas. O que eles fizeram não é nem comédia e nem jornalismo: é simplesmente um caso de polícia. Um repórter-palhaço ficou  trollando  desvairadamente Genoíno, em Brasília, em busca de uma “entrevista”, aspas. Louvo aqui o autocontrole de Genoíno,  porque pouca gente é capaz de suportar uma provocação tão baixa pelo que pareceu uma eternidade. Depois, a gangue colocou um garoto pré-adolescente nu